sábado, 26 de janeiro de 2008

Control - Anton Corbijn

Não sou muito de resenhar filmes mesmo porque não sou um viciado em cinema (meus filmes favoritos são geralmente lugares comuns pra muita gente), mas esse filme merece nem que seja uma nota sobre ele aqui.

Control, lançado em 2007, retrata a vida de Ian Curtis, vocalista do Joy Division, desde seu namoro com Deborah até o seu suicídio na Barton Street, nº 77. Anton Corbijn, o diretor, é um fotógrafo renomado do pós-punk, sendo que sua primeira foto de banda foi o Joy Division (ele tirou fotos também do Depeche Mode, REM e U2). O filme conseguiu superar minhas expectativas e imagino que tenha feito o mesmo para a maioria dos fãs de Joy Division. Talvez o que tenha dado um clima nostalgico e real para o filme foi ter sido gravado em filme preto e branco. Apesar de ser sobre um vocalista, o filme não é um musical e se restringe apenas a sons ambientes e aos shows do Joy Division. A história é envolvente e foi contada maravilhosamente por Corbjin, sendo que a cena final foi perfeita, sem mostrar em nenhum momento o corpo de Ian.

Os atores ficaram muito parecidos com os originais [vide fotos] e Sam Riley conseguiu demontrar a sutil destruição de Ian com seus gestos e expressões.

Control é a partir de hoje meu filme favorito.





Semelhanças: a primeira foto é a Joy Division original, a segunda são os atores de Control.

Um comentário:

  1. Kurt, eu dei 9.2 para o Control, mas mesmo assim ele já é um dos meus 10 filmes prediletos! Realmente adorei o filme, mas não o achei perfeito.
    Ele poderia ter dado um pouquinho mais de atenção ao processo criativo de Ian e da banda. Gostei de algumas sutis e indiretas alusões (como citei na minha resenha, as de She's Lost Control, Isolation e LWTUA), mas eles poderiam ter mostrados mais cenas no estúdio (adoraria ver uma dramatização das gravações de Closer, com a "abóboda" e tudo mais) e mais momentos 'Ian compondo e suas inspirações'.
    Tirando isso, foi tudo de bom o filme. O ator que fez o Rob Gretton atuou bem pra caramba; os intérpretes dos caras da banda também ficaram bem legais, especialmente, é claro, o Sam Riley. Isso sem falar na impecável trilha sonora (embora eu não tenha gostado tanto do cover de Shadowplay feito pelo Killers... tudo bem que eles imprimiram o estilo dele, mas a canção ficou muito 'americana', muito 'limpa', rs) e, é claro, o enredo, que cumpriu a missão de mostrar a perturbação e a genialidade do Curtis.

    A propósito, gostei do seu texto. =)

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