quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Thom, Suede, Moz...

Thom Yorke, Suede e Smiths!
(3 super discos comentados pra compensar ;D)
Halo! Ok, pra compensar o tempo que isso aqui ficou abandonado eu vou comentar 3 discos.
Meat Is Murder - Smiths
O primeiro (mas não o pior, óbvio) é o Meat Is Murder. Por causa de discos como esse que eu amo o pós-punk (aqui no caso quase indie né). Inclui tudo o que existe de bom no rockabillie junto com as letras maravilhosas de Moz (vide The Joke Isn't Funny Anymore) e ainda tem Johnny Marr e Andy Rourke com riffs espetaculares (vide todas as músicas hahaha especialmente Rusholme Ruffians e Nowhere Fast). Como todo disco dos Smiths, impossivel não ouvir ele inteiro, de cabo a rabo. O único "defeito" é que na versão em cd vem no meio a How Soon Is Now?. Eu tenho ódio(!!!) de coisas como essa, colocar o single no meio do disco é pecado demais (isso acontece na versão em CD de Power Corruption and Lies do New Order). Já Moz faz o contrário, como sempre: ou faz você pular de alegria ou faz você chorar, só ouvir The Joke Isn't Funny Anymore ou Meat is Murder! Falando na faixa-titulo, aqui encontramos algo muito bizarro na discografia dos Smiths. A letra fala: "Matar sem razão é assassinato" e sim, é sobre as pobres vaquinhas e animaizinhos que todos nós comemos nos nossos almoços. Essa letra quase me fez virar Vegan. Juro. Hahaha.
E como eu sempre digo sobre os Smiths: "Se teve uma banda com uma discografia impecavel como a dos Beatles, sim, foram Moz e cia!"
Nota: 5/5 ;D
Suede - Suede
Pois é! Estou virando um pseud-indie-cult. Hahaha. Sim, to falando besteira. Suede tá mais pra Britpop que pra Indie propriamente dito. Ou não? Whatever, rótulos me deixam meio tonto. O que importa é que o disco de estréia dessa banda andrógina (olha pra aquele vocalista!) é magnifico! Poderia ser considerado uma mistura de Smiths com o lado Glam de David Bowie e Roxy Music. A primeira faixa, So Young já deixa claro o que você irá encontrar ao longo do disco. Deixa claro mas não prepara pro estouro que é Animal Nitrate, a segunda faixa. Depois disso o disco fica um pouco morno, com altos como Moving, The Drowners, a belissima Sleeping Pills (quase uma Angie!) e The Next Life. Letras com teor sexual na medida certa, riffs pegajosos e a voz angelical de Brett Anderson: essa é a formula desse disco. Não vai ser meu favorito, mas é uma boa pedida. Recomendado! =D
Nota: 4,5/5
Thom Yorke - The Eraser
Sim, o disco solo do frontman da minha banda favorita atualmente (atualmente! Minha fav. band ainda é Joy Division!). Não ouviu ainda? Pois bem, não é nem um pouco parecido com o Hail to The Thief (o último disco do Radiohead até agora) e é praticamente um Kid C, no estilo de Amnesiac e do Kid A. Como o próprio Thom disse, o disco nasceu de algumas brincadeiras que ele fez no seu laptop. Esse disco causou um furor, surgiram boatos do fim do Radiohead (todos desmentidos por todos os membros da banda, que aliás já está gravando material pro disco novo, eu ouvi dizer...) mas a verdade é que Thom entrou em depressão (eu entendo o Thom... vida de libriano não é fácil), deu um tempo do Radiohead e gravou essas 9 fabulosas músicas, para o nosso prazer! A faixa titulo já dá o tom do disco inteiro: batidas bem eletrônicas, muito teclado e sintetizadores, a voz mais potente do rock atual e as letras do gênio Thom. Precisa mais do que? Você só sabe que um disco atingiu a "perfeição" artistica quando você consegue dançar, namorar, chorar, trabalhar, etc ao som dele por muito tempo. Claro, pro mainstream esse disco soa um tanto quanto bizarro. Não sabem o que dizem, pobres pesoas. Destaque pra minha música favorita desse disco (e uma das minhas favoritas de todos os tempos do Thom junto com Idioteque), Atoms for Peace. A letra é muito linda! Hahaha.
Nota: 5,5/5 (sim, é muito foda!)
P.s.: Thom Yorke é meu herói! E deu pau pra por as capinhas, não vai. Quando der, eu conserto isso! ^^

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Projetos pra 2007

Ok. Totalmente brega e clichê. Mas o ano tá acabando e tenho que anotar essas coisas.

1 - Fazer um album de Indietronica. (isso vai ser complicado, ceis não sabem quanto)
2 - Fazer um album Folk.
3 - Terminar o Single.
4 - Consertar minha vida no aspecto relacionamentos.
5 - Escrever mais nessa porra. Um jornalista tem que treinar em algum lugar, né?




No próximo post vou comentar alguns discos que eu andei ouvindo.
I promisse ;)
Se eu não voltar até ano que vem, feliz ano novo pra todo mundo. Ou não.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Sem titulo

E sem post também.

To meio sem tempo e sem vontade de comentar os discos aqui.
Então por um tempo, sem posts.
Logo mais estou de férias, ai dá pra postar com mais vontade aqui.

Enquanto isso não acontece:

www.myspace.com/axisreverb

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21357047

http://www.tramavirtual.com.br/artista.jsp?id=57626





Té a próxima.

terça-feira, 31 de outubro de 2006

VHS or Beta - Night on Fire

VHS ou Betamax
(a guerra dos videocassetes em versão disco-punk)
Sabe aquela banda dos anos 80 que toda vez que você ouve faz você querer dançar? Lembra daquelas músicas da disco music que te fazem cantar junto e dançar até cair? Pois é, tudo isso numa banda só (e não é o new order!). VHS or Beta (inspirado pela guerra dos formatos de fita cassete, o VHS da JVC e o Betamax da Sony) é a banda perfeita pra qualquer situação. Formada em 1997, em Kentucky, EUA, por Craig Pfunder (guitarra/voz), Zeke Buck (guitarra), Mark Palgy (baixo) e Mark Guidry (bateria), a banda tem fortes influencias da french disco music (Daft Punk) e da new wave (Duran Duran e The Cure principalmente). A banda tem todo aquele clima de arte (meio pseudo-indie, concordo), mas ainda assim funciona perfeitamente e ainda faz você dançar. Se tem uma banda dessa nova safra (todas influenciadas forte pela New Wave e Pós-Punk) que me faça dizer "é essa a minha banda nova favorita", o VHS or Beta chegou perto (ou já é, não sei!). Só sei que, junto com Futureheads, She Wants Revenge, Xiu Xiu e Casiotone For the Painfully Alone, o VHS or Beta conseguiu chamar minha atenção pro "futuro-retro" da modernidade, fazendo com que você, ouvinte, consiga viver uma época que você não viveu (ou talvez tenha vivido e queira viver de novo). É mágio, é absurdo, eu estou sendo sentimental demais hahaha! Mas tá valendo. Banda recomendada. E esse disco que eu vou comentar faixa a faixa é totalmente recomendado! Pode confiar e ouvir sem medo.


Faixa a Faixa:

1 - Night on Fire: Faixa título sensacional. Repare na guitarra penetrante a lá Bernard Sumner e a bateria eletronica Duran Duran. Sim, parece cópia, mas não é. As influencias são evidentes mas não se deixa levar por isso, a música diz por si só "Vamos botar fogo na noite". Pra levantar a galera é só jogar ela.

2 - You Got Me: Esse riff me lembra alguma coisa, não consigo lembrar o que... mas ok, como já é bem explicito, o disco foi feito pra dançar mesmo, e pra ajudar o vocalista Craig, com sua voz que é um misto de Robert Smith com Simon Le Bon, deixa o disco mais 80's nos anos 00 possivel. O baterista Mark também é muito bom, as batidas sincronizadas perfeitamente são ótimas. Aliás, tudo é bom hahaha.

3 - Night Waves: Instrumental. E quem precisa de letra pra cantar junto e dançar? Tá, a palavra dançar aparecera quinze mil vezes nesse review, mas não tem outro jeito. Tá, balançar o esqueleto, remexer os quadris, e etc... não, deixa dançar mesmo hahaha ta bom.

4 - The Melting Moon: Sinceramente, a menos foda do disco. Bem The Cure, dançar e chorar ao mesmo tempo! hahahaha.

5 - No Cabaret!: É, essa foi feita pra cantar junto. O riff do baixo já te denuncia isso, logo na intro da música. NO CABARET! Tum Tum Tum Tum...

6 - Forever: Gosta de Daft Punk? Então, achou uma música que poderia ter muito bem sido escrita pelo duo francês. Faixa espetacular com uma letra de apenas 4 palavras repetidas até o fim "Forever, All Night Long" e com direito a vocoder! Quer mais o que? Ah, só faltaria a guitarrinha shaft e as palminhas? Pois é, estão inclusas no pacote! Minha favorita até a hora que escrevo essa humilde resenha. Dance então pra sempre, a noite toda.

7 - Alive: Intro bem Interpol de ser, lembra de longe o Futureheads e tal, mas logo a música cai no clima e volta ao dançante. A bateria aqui é bem legal, new wave total! E o refrão? Perfeito! Cantarolavel ao extremo... sing and shout lalalalalala...

8 - Dinamize: Riffs bombásticos! recorda bastante Daft Punk, mas não tanto quanto a Forever, tenha certeza disso.

9 - The Ocean: Se a voz dele não te lembrar a do Robert Smith aqui, desculpa, mas você tem um péssimo ouvido. A voz do Craig irá te remeter aos anos 80, sem dúvida. E sem lembrar Ian Curtis, o que já é um passo enorme!

10 - Irreversible: E pra fechar com cadeado e chave e corrente de ouro, uma faixa instrumental que te fará viajar até a terra onde John Travolta é deus. Piadas a parte, a faixa é uma iprovisação no estúdio, e como toda improvisação boa você nem percebe o tempo passar. Os seus 9 minutos podem te assustar, mas a faixa é espetacular, você vai ouvir até o final e vai querer ouvir de novo (o que é óbvio, já que qualquer coisa feita com a alma acaba se tornando algo extraordinário)!



Como todo disco que eu resenho, press repeat! Só pra compensar eu vou fazer resenha de algum disco que eu não goste tanto depois. Chega de bandas que eu amo aqui né! XD

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Cansei de Ser Sexy - CSS

Tired of Beign Sexy
(Si És És Sâcs)

Qual a banda brasileira que atualmente é famosa lá fora mais até que o Sepultura? Sim! As garotas (e o cara) tão estourando lá fora mas, como sempre, no Brasil nada sobre eles. A banda paulistana surgiu como uma brincadeira e acabou ficando séria. A fama cresceu por conta dos famosos fotologs (que eu abomino, mas blz hahaha) e por conta do Trama Virtual. Assinou contrato com a Trama após dois EPs e pela quantidade de pessoas que baixavam suas músicas no site. Lançaram a versão brasileira do disco Cansei de Ser Sexy e um EP chamado de CSS Suxxx. Alguns videoclipes depois, a banda firma contrato com a famosa Sub Pop (sabe quem é a Sub Pop? Seattle, Grunge e Nirvana te lembram alguma coisa?). E sim, estoura lá na gringa, fazendo show até com Walter Mercado e Oprah (hahaha que piada sem graça).
O som da banda é totalmente despretensioso, tem uma pitada de New Wave com Electro e um saborzinho do Pós-Punk embutido por ae (ou vc acha que Strokes criaram aqueles riff do nada?). Mas como os gringos sabem o que fazem, a versão gringa do disco de estréia é simplesmente perfeito. Tira toda a baboseira do disco da trama (como Poney Honey Money, baladinha bem chatinha) e inclui duas faixas do EP, que são CSS Suxxx e Patins. Só acho que faltou a acho um pouco bom na versão gringa, que apesar de ser cantada em português eu acredito que deva fazer sucesso nos shows. Mas vamos lá!

Faixa a Faixa:

1 - CSS Suxxx: Faixa introdutória, bem início de show. Si És És Sâcs! Se não te lembrar da década de 80 e as bandas de New Wave......

2 - Patins: Apesar do nome em português, a faixa é cantada em ingles e é minha favorita do disco. O riff bem a lá Strokes predonima a música, e a voz da Lovefoxxx é demais. Adriano (que é o multiinstrumentista da banda) canta uma parte e dá o tom informal da música, pode perceber. Como no disco inteiro, você vai sentir vontade de dançar.

3 - Alala: O videoclipe novo é sensacional!!!! A faixa é bem construída, baixo estilão electro e melodia cantarolavel ao extremo. Alala Alala, alguém me avisa quando for bom parar de fazer a íntima. Clica no nome e assista!

4 - Let's Make Love And Listen To Death From Above: Faixa dançavel, new wave revisitada total! Cantarolável ao extremo. Mas fazer amor ouvindo Death From Above? Ah, sei não! Clica no nome e assista!

5 - Artbitch: Bateria bem tribal, pós-punk!!! Ela falando que é uma artista, uma artbitch hehehe Tiração de sarro total. Rocker pra caramba, ao fundo se ouve os tecladinhos e tal, faixa boa!

6 - Fuckoff Is Not The Only Thing You Have To Show: Dessa faixa eu gosto bastante dos efeitos e tal, do tecladinho bem electro, da letra também! Foda-se não é a única coisa que você tem pra mostrar...

7 - Meeting Paris Hilton: O famoso trocadalho do carilho com beach e bitch (Do you like the beah, bitch?)! Porque ninguém pensou nisso antes? (ou pensaram e eu não sei?) Depois de I Wanna Be Your J Lo só podia falar da bitch mais bitch de todas: Paris Hilton. Essa faixa sim é electro total, com um refrão bem up! Miss Kittin que nada! CSS Rlz!

8 - Off The Hook: Hm, faixa poderosa! Riff potente pra cacete, baixo hipnótico, bateria cool... não tem muito o que falar, ouça e sinta o riff entrando pelos teus ouvidos e demorando dias pra sair... Clica no nome pra ver o clipe!

9 - Alcohol: Essa é totalmente New Wave amarelo limão! Tem até gaita na música, olha só! A música é um convite ao alcool, coisa do mal! E a voz do Adriano casa legal com a da Lovefoxxx, muito boa essa faixa!

10 - Musik Is My Hot Hot Sex: Outra que eu adoro, essa faixa é simplesmente demais. Começa cantada em ingles, com a letra mais adoradora da música! As melhores frases são "música é meu amigo imaginário" e "música é minha cama King Size"! Letra ótima! Hino à música! E a parte em português é então mais sensacional! "Debaixo do lençol ele gemia em Ré Bemol"! Cara, como ninguém nunca pensou nisso? O finalzinho new wave é perfeito também.

11 - This Month, Day 10: E pra fechar maravilhosamente bem o melhor disco de estréia na gringa de uma banda brasileira: Esse mês, dia 10. Minimalista, pós-punk passou de novo por ae. O refrão é aquela coisa Disco Music, "I'll Be Rich Only With You"... sensacional. Acho que já tá bom por aqui!

Po, eu to puxando o saco do CSS, mas po, é uma banda paulistana, brasileira, que tem um som a lá New Wave/Pós-Punk (mais new wave). E tem a Lovefoxxx!!! Hahahaha. Bom, é isso ae! Som brazuca muito bom, recomendado ao extremo. Mais a versão gringa que a brasileira, vale ressaltar. A brazuca é chatinha, tem coisas que não deviam ter entrado, como eu já disse antes. A versão grigna acaba com esses defeitos (Poney Honey Money) e deixa redondo (vide Patins)! Ouçam! Disco 5 estrelas total!

PS: Sabe o porque desse amarelo limão? É uma das cores oficiais do novo estilo hypeado pela gringa, o New Rave. "New Wave anos 00?" Exatamente

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Can - Tago Mago

Krautrock do japonês alemão
(WTF?)
Demorou um pouco pra eu falar dessa banda de Krautrock, o Can. Esse disco que será comentado aqui, o Tago Mago, é considerado a obra prima do Can (banda essa que influencia muita gente que você ouve e você nem faz noção disso) e só pela capa você já tem noção do que você vai encontrar aqui.
Agora, vc deve estar se perguntando o porquê do título do post, não? É por que o vocalista (ser insano!) do Can nessa época era Damo Suzuki, um japones que foi pra alemanha. Depois do Tago Mago, Damo cantou também nos discos Ege Bamyasi e Future Days e então saiu fora da banda. O estilo do Can nesse disco é bem simples: ritmico, minimalista e vocais psicóticos. Não é a toa que Can é influencia do Public Image Ltd. e do Joy Division (eles também??? hahaha).
O Tago Mago é um disco duplo, foi lançado em 1971 e não foi nenhum sucesso de vendas. Mas, com a fusão de jazz, improviso, teclados e bizarrices melódicas, ele se tornou um disco mais do que essencial principalmente pro Pós-Punk.
Faixa a Faixa:

1 - Paper House: Pra começar bem, vem essa faixa sensacional! Começa suave e ai vai se intensificando. E fique atento aos acessos de insanidade de Damo Suzuki. No meio da música tem um interlúdio minimalista muito FODA! E as mudanças de clima (de indiano pra rock pra insano) da música deixam ela mais humana possivel, diferente do prog que eu conheço (que faz o contrário, eleva aos céus e aos deuses). E o final da música: Insana! O clipe que tem no youtube é demais, eles tocando ao vivo, dá pra vocês verem o japonês insano e o baixista maroto (Holger Czukay). Clica no nome da música pra você ver!

2 - Mushroom: Ai já vem, grudada a Paper House, essa faixa com um riff minimalista, só ambientando pro Damo dar seus "pulos". Os gritos dele são impressionantes, contem uma violência climática de cair o queixo. O clipe é muito bom também, clica lá.

3 - Oh Yeah: Então você me pergunta: Cadê o experimentalismo? Eles não são "parentes" do Kraftwerk? Então eu te respondo: Oh Yeah. A parte vocal consiste em três parte: A primeira é a gravação da voz ao contrário, a segunda é ela do jeito normal e a terceira é a letra traduzida pro japones. Uhu. Tudo isso ligado à um riff de baixo perfeito, bateria Apache (como o NEU!) e guitarra fritando. Oh Yeah.

4 - Halleluwah: Se esse riff de baixo não grudar na sua cabeça, você deve ter algum problema! Psicodelia dançante! Prometo que serão os 18 minutos mais bem gastos da sua vida. Várias nuances durante a música, mas ela é basicamente a mesma pelos 18 minutos. Mas você não vai perceber o tempo passar (como a Autobahn). Veja o clipe também! Não tá inteiro, mas tem a parte mais foda.

5 - Aumgn: Ok, aqui a coisa passa um pouco do limite. É quase como o Kraftwerk 2. Ouça avisado de que pode ser sua faixa menos favorita do disco! Isso mesmo, menos favorita, porque é excepcional, bem vanguardista.

6 - Peekin O: Ah, essa música é bizarra! Principalmente no meio dela, quando começa o famoso "Samba do alemão-japoneis doido". Eu gosto dela, fique avisado de que é sem nexo, mas que ainda assim é boa.

7 - Bring Me Coffee or Tea: Termina como começa, calmo, sereno. A minha favorita do disco, sem dúvida. A letra sem nexo já demonstra o nível mental ao fim da viagem que o Can te proporcionou por mais de uma hora. É bem no estilo da Paper House, mas mais indiano, bem fim de trip. Não teria como terminar melhor! Essa faixa completa, como em todo disco bom, o ciclo.

E ae? Como se sente?

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Afrika Bambaataa & Soulsonic Force - Planet Rock

Trans Afrika Express
(Ou como Kraftwerk encontra o Hip Hop)


Poucos discos de outro estilo são considerados divisor de águas no mundo do rock. Esse é um deles, óbvio! Junto com Kraftwerk e com Giorgio Moroder eles moldaram a famosa Dance Music (e aqueles putz-putz melosos) e os três são influencias da minha segunda banda favorita (olha só que coincidencia não?). O legal do Bambaataa é o estilão futurista-zulu-indiano (de indio) dele e do Soulsonic Force (o grupo de MCs que acompanha ele). E outra: Planet Rock tem a moral de samplear uma música do Kraftwerk, o épico eletrônico das estações de trem Trans Europe Express. Nem vou falar muito da trajetória do Bambaataa, mesmo porque eu não apurei porra nenhuma dele, nem um go Google. Só sei que ele era lider de um território no Bronx e que ele já tocou com John Lydon! Ele também foi o idealizador da primeira turne européia de Hip Hop da história.

Voltando ao disco, é eletrônico-disco music-hip hop. Old School total. A marca registrada do disco sem dúvida alguma é a bateria eletrônica, a Drum Machine Roland TR-808, da foto ao lado (a mais famosa aliás, e o motivo, além do preço acessivel na época, é esse disco). O disco é uma coletânea de singles lançados um tempo antes e é essencial para qualquerpessoa que goste tanto de Hip Hop, música Eletrônica e Rock (a famosa banda revoltada Rage Against the Machine fez uma versão pra Renegades of Funk). É só ouvir o disco e sair dançando por aí.

Faixa a Faixa:

1 - Planet Rock: Pérola, jóia, diamante da música eletrônica e da cultura dos samplers. Começa com uns ruidos de platéia, entra a famosa bateria da Roland e então a música invade teus timpanos! E o sampler mais controverso da história depois do Vanilla Ice. Não tenho certeza, mas os alemães robôs quiseram processar o Bambaataa por plágio (claro né), mas não sei, não tenho certeza, falta uma fonte segura. Mas a música é ótima, coloca a casa abaixo, com certeza absoluta! E tem aquela famosa paradinha pra repetir o que o MC canta! Simplesmente um luxo! (hauhauha)

2 - Looking for the Perfect Beat: O titulo lhe é familiar? Sim, Marcelo D2 que o diga! A música é um ode às festas loucas do bronx, onde todo mundo procura a sua batida perfeita. Se interpretar a palavra beat como os Beats interpretavam, ela significa MUITA coisa. Mas não se preocupem, não lembra a música do D2 (pelo que eu me lembro)

3 - Renegades Of Funk: Eu não lembro da versão do Rage Against the Machine, mas deve ser interessante. Essa entrada com as palmas da TR-808 são demais, perfeitas. Nessa música eu imagino aquela molecada dançando break ha! Mó barato!

4 - Frantic Situation: Disco music do Bronx! É isso basicamente o que é o hip hop desse disco. O Hip Hop mais old school é bem isso, uma disco music com o Toasting dos Mcs de Reggae, só que bem tudo bem mais agressivo, pra condizer com o lugar que esses caras viviam. É uma situação frenética mesmo!

5 - Who you Funkin' With?: Isso aqui é a sintese de tudo o que você ouve hoje em dia no mundo do Hip-Hop/Rap. Pesada a música, mas numa pista de dança faz você pisar duro depois. Não é uma das minhas favoritas, mas ok!

6 - Go Go Pop: Ah, essa aqui é a minha favorita do disco depois da Planet Rock. O delay é bem colocado na voz da garota, a bateria é demais (claro, a TR-808 po), os riffs são bem construidos e por ai vai. Vale a pena ouvir o disco só pra chegar nessa faixa!

7 - They Made a Mistake: Bom, essa pra mim é a mais fraca do disco (se essa é a fraca, imagina o resto então). Acho que meu "preconceito" com essa faixa é por ela ser a última e a última sempre fica mais apagada, ainda mais por ser depois da Go Go Pop. A faixa começa com umas risadas, bem no estilão bar e entra aquele riff clichê (depois deles, claro) de Rap/hip-hop. Ah, e acho que eu não gosto muito dessa faixa por ela ser também a mais Rap de todas, gosto das mais dançantes.

Bom, depois dessa, pegue seu sapato vermelho e dance o blu... opa, o Hip-Hop. Recomendo uma banda de Detroit chamada Cybotron, eletônica, pesadona, hip-hop e talz. Missy Elliot sampleou a faixa Clear numa música dela, a Lose Control (acho q o nome é esse, preciso verificar). Ah, e a minha 2ª banda favorita é o New Order, a primeira é fácil de descobrir.

PS: Vou tentar atualizar mais esse blog, mas a preguiça (e os trampos da faculdade) mandam no meu horário. Não prometo nada hein.

domingo, 10 de setembro de 2006

Amnesiac - Radiohead

Empacotado como Sardinhas numa Latinha Amassada
(Brrrrr....)
Se com o OK Computer o Radiohead atingiu um certo status na imprensa mundial e então botou abaixo todos os conceitos com Kid A, no Amnesiac (o disco de hoje =D) eles simplesmente colocaram a cereja no topo. É a perfeição do Radiohead. É um disco introspectivo, gelado, distante. Esse disco é praticamente o disco irmão do Kid A. A capa mostra o quanto o disco é: fundo preto, o vermelho chamando a atenção e lembrando uma piscina ou agua, e uma pessoa no centro. É só imaginar. É um disco díficil de escutar, não é pop, mas também não é nenhum Trout Mask Replica. As influencias de NEU! e Can não são tão evidentes, mas estão por ai. Tem experimentação com música invertida, tem um novo jeito de percursão (que Thom andou usando no seu The Eraser, que por sinal é ótimo também), tem piano numa música com compasso quebrado, e por ai vai...
Mas como eu já disse anteriormente, o que me deixa triste desse disco é que ele é apagadissimo da discografia do Radiohead! Ninguém comenta nada sobre ele! Um disco tão bom... Pena que veio pouco tempo depois do Kid A, talvez seja essa a sina desse disco. É o meu favorito deles.


Faixa a Faixa:


1- Packt Like Sardines in a Crushd Tin Box: Em menos de 5 segundos você já tem noção do que esperar no disco. A faixa de abertura tem uma melodia, tem a percursão animal, bem mixada, tem Thom Yorke e tem Jhonny Greenwood. Precisa de mais alguma coisa pra começar bem?
2 - Pyramid Song: Ok. Após a abertura apocaliptica, temos a balada apocaliptica. Em um compasso totalmente extravagante, a música te leva pra viajar por um espaço vazio, quase que a sibéria. E então te entrega lentamente pra uma região cheia de montanhas. E então você vai caindo, e caindo, e caindo... até cair na água vermelha da capa.
3 - Pulk/Pull Revolving Doors: Isso que é um verdadeiro trabalho de mixagem. A percursão é envolvente, tem os efeitos sonoros ao fundo, a voz robótica e tudo mais. Onde mais se vê essas coisas hoje em dia?
4 - You and Whose Army?: Você e que exército? Baladinha violenta. O violão e o baixo fazendo um trabalho excepcional, melodia interessante. Preste atenção na mixagem da voz do Thom, parece abafada, dando um ar mais cansado à música. Então ela abre o leque e vai voando com a bateria e o piano. E então ela diminui e pousa. Sem avarias?
5 - I Might Be Wrong: Os pequenos detalhes fazem a diferença. A música começa um pouco pesada, com um sintetizador bem corrosivo. E após a primeira frase ele se apaga e só mantem a bateria e o riff de guitarra. E depois o sintetizador volta, fazendo alguns riffs. Músicalmente, isso é genial! Vocês não fazem idéia do quanto. Tem que saber o momento certo onde cada barulinho entra. E nesse disco o Radiohead soube perfeitamente como fazer.
6 - Knives Out: Essa música deveria estar no OK Computer. Assim eu acredito né. Não que ela seja ruim, mas é meio sem conexão com o resto do disco. Aliás, é uma música excelente. Mas no Amnesiac ela não fez muito sentido pra mim. Uma curiosidade sobre essa música é que dizem que demorou 373 dias pra ser gravada, pois eles achavam que tinha alguma coisa errada com a música. Ela é curiosamente a faixa mais rocker deles nesse século.
7 - Morning Bell: Sim. Esse é a ponte que liga Kid A ao Amnesiac. Os dois discos foram gravados ao mesmo tempo praticamente e essa música tem no Kid A, só que numa versão diferente. De acordo com a banda, Kid A e o Amnesiac são "gêmeos siameses separados no nascimento". E esse é o elo entre os dois. Gosto mais dessa versão do que a do Kid A. Essa é mais pirante.
8 - Dollars & Cents: Riff de baixo muito bom. Aliás, a faixa é bem construida, com todas as camadas de som. Mas não tenho muito o q falar dessa faixa =P. Só que ela é muito boa e tem uma performance vocal de Thom impressionante.
9 - Hunting Bears: Começa com um riff de guitarra meio oriental, então o baixo entra ao fundo e assim a faixa se segue pelos dois minutos mais bem aproveitados depois dos Ramones. A faixa segue bem o seu título, parece uma caça mesmo.
10 - Like Spinning Plates: Ah, essa daqui é interessante. De acordo com a banda, o que se segue nessa música é a faixa I Will (do disco Hail to the Thief) tocada ao contrário. Até ai, ok! Mas Thom fez questão de cantar a música, então tocou ela ao contrário, decorou como se cantava ao contrário e então regravou e inverteu de novo. É por isso que a voz dele é meio estranha... Quem mais fez isso por ai???
11 - Life in a Glasshouse: Como seria a vida numa estufa? A faixa começa com um loop básico e então entra uma melodia jazz, meio cabaré noir, com direito a uma seção de sopros. É uma faixa muito poderosa, de quebrar o coração em milhões de pedaços e depois pisar em cima pra não sobrar nada. E os trompetes e tubas e flautas etc... depois dessa faixa, a única coisa que você vai querer fazer é dar repeat no disco.
Esse disco recebeu muitas criticas, e como eu já disse ele foi lançado pouco tempo após o Kid A (o que não é muito prudente por motivos de vendas e toda essa baboseira das gravadoras) e com a péssima fama de Kid B (por dizerem que contem as faixas rejeitadas pro Kid A, como a Pyramid Song que era tocada em shows antes do Kid A ser lançado). Mas então, porque não lançar um cd só? Thom Yorke te responde: "São duas coisas separadas por não poderem correr na mesma linha ao mesmo tempo. Eles se cancelam como uma coisa só. Eles vem de dois lugares diferentes, eu acho... de alguma maneria estranha, eu acho que o Amnesiac dá uma outra visão do Kid A, uma forma de explicação." Ele diz. "Alguma coisa traumática está acontecendo no Kid A, e isso é olhar pra trás para aquilo, tentando entender o porque daquilo ter acontecido. Ouça o Kid A depois de ouvir o Amnesiac, e então acho que você irá perceber."
Preciso dizer alguma mais alguma coisa?

domingo, 20 de agosto de 2006

Metal Machine Music - Lou Reed

WHITE NOISE PURO!
(O Cristal da Distroção e Microfonia)


Você acha que Sonic Youth e Jesus and Mary Chain tem muita distorção? Ha, vocês nunca ouviram o Metal Machine Music do Lou Reed (e nem conseguiriam). É um disco pé no saco total. Você conseguiu ouvir? Tá, bem vindo ao clube! Alguns dizem que é realmente um trabalho artistico do Lou (inclusive ele próprio), mas a grande maioria (e muitos criticos também) acreditam que é só um disco pra tirar sarro da gravadora. "Mas então, do que se trata?", você me pergunta! Se trata de DISTORÇÃO E MICROFONIA! Em estado BRUTO! Não tem melodia, não tem baixo, não tem bateria. Só microfonia e distorção. Tudo bem, 2 minutos disso não fazem mal a ninguém, mas UMA HORA E TRÊS MINUTOS DISSO???? Sim, Lou Reed conseguiu. E sem jogar a carreira por água abaixo. Impressionante! O álbum consiste em 4 faixas (no original 2 vinis, 4 lados). Se interessou? Seu masoquista! Ouvidos fracos, se mantenham longe desse disco.

Faixa a Faixa:

1 - Metal Machine Music Part 1: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção.

2 - Metal Machine Music Part 2: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção.

3 - Metal Machine Music Part 3: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção.

4 - Metal Machine Music Part 4: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção. Só que virtualmente infinito.... No vinil era fechado o sulco pra ficar repetindo sem parar.... Infernal não?

Eu falo: BAIXE E OUÇA! Se vc quiser ter noções de microfonia é uma boa aula. Hahaha!

[Post pra zuar mesmo, não tenho o que fazer. Ah, e eu ouço o Metal Machine Music. De verdade!]

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Strangeways, here we come - Smiths

Os Silva da cena mancuniana
(The death of a disco dancer)


A cena músical inglesa independente nunca mais foi a mesma após essa banda. Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce na minha opinião foram a banda que tem a discografia mais consistente de todos os tempos depois dos beatles. Não tem músicas ruins! E esse disco é uma jóia pois é o último dos Smiths. "Strangeways, Here We Come" é o gran finale dos Smiths e o nome foi tirado da prisão Strangeways e adicionada a uma fala de um certo filme. O disco é consistente, com todos os lirismos de Morrisey a flor da pele e toda a parte músical impecável. Esse disco foi lançado após o magnifico The Queen Is Dead. Comparar os dois é até pecado, pois o Queen is Dead é a obra prima dos Smiths e o Strangeways é a jóia da coroa. Esse contêm faixas cínicas, lamuriosas e melancólicas, ou seja, o de sempre dos Smiths. Mas vamos lá, não tem muito o que falar dessa banda maravilhosa. Ouçam o Queen Is Dead!!

Faixa a Faixa:

1 - A Rush and a Push and the Land is Ours: Essa é uma faixa curiosa pois não tem guitarra! =S É isso mesmo, ó leitor. Mas po, grande letra, titulo inspirado pelo poema da mãe de Oscar Wilde (o cara que tava do lado dele no portão do cemitério). Minha favorita do disco.

2 - I Started Something I Couldn't Finish: Glam rock total essa faixa. O mais legal dela é o rosnar furioso de Moz! Só tem duas músicas nas quais ele dá esse rosnado: essa e Hairdresser on Fire (da carreira solo de Moz). Ótima faixa (eu vou falar isso de todas hahaha).

3 - Death of a Disco Dancer: Aqui temos uma faixa que deveria ser canonizada. A letra fala sobre AIDS (os dançarinos de disco nessa época estavam morrendo de AIDS). Melodia vocal perfeita, clima sombrio a la Smiths. Música pesada. Dizem que essa é a prova da influencia dos Smiths no Radiohead.

4 - Girlfrien in a Coma: É, Moz. Pura tiração de sarro essa música, mas é muito boa. O clipe também é interessante, fica repetindo a cena de alguns segundos exaustivamente. Recomendo.

5 - Stop Me If You Think that you've Heard This one Before: Ufa! Hahaha nome grande po! Mas música ótima! E o clipe então? Hahaha Uma piada: Consiste em Moz e um batalhão de cópias dele passeando pelas ruas de Manchester e mostrando lugares iconograficos dos Smiths, como o Salford Lads Club. Faixa clássica Smithiniana, tem todos os "cliches" deles. Ótima, ótima, ótima! Ah, curiosidade sobre o clipe: No Reino Unido o mesmo clipe dela é usado para a "I Stated Something I Couldn't Finish".

6 - Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me: Música melancólica. Começa com ruidos de pessoas e com os acordes de piano. Ai evolue praquele tipo de música em que ou você se afunda na cadeira ou dança com alguém. Música lindissima.

7 - Unhappy Birthday: Eu ainda vou cantar essa música pra alguém. É uma música cínica falando que a pessoa é má e mente e por isso deseja um infeliz aniversário e que a pessoa morra. O curioso é o fato da música ser pra cima, uma melodia alegre e uma letra tão má! Não que tenha ficado ruim, mas é curioso não?

8 - Paint a Vulgar Picture: Essa é espetacular. O cínismo presente em Frankly Mr. Shankly evolui e acaba nessa letra. Ela fala sobre um artista que vai ter suas músicas relançadas pra tentar devolver a carreira do tal artista e Moz fala o quão ridiculo é isso e que ele poderia ter evitado, mas que a fama é mais tentadora do que parece.

9 - Death at One's Elbow: Com certeza, a mais fraca do disco. É muito legal mas repetitiva do modo ruim.

10 - I Won't Share You: É o fim. Literalmente. É quase uma The End, do Abbey Road. Música linda, dizem que é a carta de despedida de Moz para Marr. É aquela música pra sentar no sofá e pensar sobre a vida.

Recomendado. Volto logo mais pra outro review de algum disco bom que eu estiver ouvindo nessa semana que vêm.

segunda-feira, 31 de julho de 2006

EVOL - Sonic Youth

EVOLUÇÃO
(Os jazzistas frustrados de NYC)
Os jazzistas frustrados (como muitos dizem por ai) do Sonic Youth hoje estarão na berlinda aqui! E vos trago a resenha do meu disco favorito do Youth: EVOL. O casal 20 da música alternameba, Thurston Moore (guitarra e voz) e Kim Gordon (baixo e voz), mais Lee Ranaldo (guitarra) e Steve Shelley (batera) lançaram esse disco em Março de 1986 e é a transição do Sonic youth "No Wave" (um não-estilo musical) para o Sonic Youth que todos vocês deveriam conhecer (nunca ouviu Drunken Butterfly ou a 100% do disco Dirty? Acho que já ouviu sim!). O disco tem a atmosphera meio soturna (vamos dizer assim) com melodias pop e distorção/microfonia no talo (onde será que eu já fale sobre isso? hehehe). Ah, e o que dizer dessa capa? Parece uma garota que acabou de ser humilhada num daqueles bailes americanos de fomratura, sabe? Angustiante! E ai que tá a graça da minha interpretação pro nome do disco. Evol é Love ao contrario e assim eu imagino: porque a garota da capa está nesse estado? Porque ela se ferrou com o amor e agora ela precisa evoluir. Que nem eu!
Muitos acham que Sonic youth é grunge. Pois bem, eu desconsidero essa afirmação totalmente. Eles não eram de Seatle, e sim de Nova York. Eles tem muito a ver com a cena Grunge, mas não podem ser considerados dela. Pais do grunge? Bom, você que sabe. Mas nesse disco eu não vejo nenhum caminho que me diga que certa música tem a ver com o som grunge. É alternameba mesmo. Mas esqueçamos a babaquice e vamos ao que interessa.
Faixa a faixa (as usual):
1 - Tom Violence: Música melhor pra abrir um album? Várias, claro. Não é nenhuma Speed of Life ou Albatross mas dá pro gasto! Clima sombrio, parece que alguém vai saltar de tras de você e vai te esfaquear. Boa música pra trilha sonora... ótimo trabalho de melodias. E ótima letra: Tom Violence é um sonho saindo de uma garota.
2 - Shadow of Doubt: Ah, minha favorita. Esse riff de guitarra, essa voz sexy sussurrada de Kim Gordon pedindo pra que você a beije numa sombra de dúvida, apesar dela depois querer que tudo fosse um sonho. Os efeitos desse disco são ótimos, só um pouco diferentes do que eles fariam mais pra frente. Mas o Kim Gordon tem uma voz sexy, não tem?
3 - Star Power: Faixa pop, com vocal pop de Kim e riffs pops. Assim eu descreveria se a banda não fosse o Sonic Youth! Todo o trabalho de composição dessa faixa é impressionante. Note os pequenos detalhes na guitarra, os acordes, os sons. Faixa cantarolante ao extremo.
4 - In The Kingdom #19: Hm. Jazz Sonic youthesco. Lee Ranaldo que canta essa faixa. Uma faixa rocker, com um leve tempero de jazz e com molho de Velvet Underground. The Gift fez escola hein? Faixa legal.
5 - Green Light: Ouçam a batida hipnótica dessa faixa e o trabalho vocal de Thurston. É isso que separa os idiotas dos gênios: Quando você canta sobre uma luz verde e a música parece verde. Steve Shelley fez a lição de casa e consegue fazer uma batida tão hipnótica quanto a de Moe Tucker.
6 - Death to Our Friends: Faixa instrumental. Uma faixa comum do Sonic Youth, alternando momentos sutis com explosões furiosas.
7 - Secret Girls: Como eu amo a Kim Gordon! Letras non-sense, abstratas na voz de uma sereia que toca baixo. Essa faixa é interessante pelo fato de começar com alguns ruidos e então entra um piano e Kim cantando. Tem toda a tensão de ser "o garoto que aproveita a invisibilidade". Linda melodia.
8 - Marilyn Monroe: Ah, esses gritos no começo da música e esse efeito de guitarra! Marilyn Monroe poderia gostaria dessa música, acredito eu. É melancólica, com uma atmosfera de colina na beira do mar, sabe? Aqueles precipicios que se vê em filmes (mas ai eu percebi que é mais um clima de quarto fechado). E então parece que a insanidade dela vai crescendo e então vai desaparecendo. É a morte de Ms. Monroe.
9 - Expressway To Yr Skull / Madonna, Sean And Me / The Crucifixion of Sean Penn: Não, o nome inteiro não é as tres frases. As duas ultimas apareceram, mas não tenho certeza. O nome correto é Express to Yr Skull. Mas eles gostavam mesmo da Madonna hein? Sabiam que eles lançaram um disco sob o nome de Ciccone Youth (sendo que Ciccone se não estou errado é o nome ou sobrenome de madonna?). Mas o que eles querem mesmo é matar as garotas da califórnia e ir no expresso para teu crânio. Há até uma parte da música que me lembra um passeio num trem-fantasma de um sonho de Jack Kerouac. Faixa compridinha: 7m19seg, a maior do disco. Era ela que fechava o disco e na versão em vinil tinha aquele famoso efeito em que você grava o disco pra que ele fique repetindo (teóricamente) eternamente caso seu toca disco não volte a agulha automaticamente (O Metal Machine Music e o Sgt. Peppers se utilizam desse artificio). No vinil o tempo dessa faixa vem com o simbolo de infinito.
10 - Bubblegum: Essa faixa só aparece no cd, mas po, é uma das minhas favoritas. Thurston e Kim cantam essa (acredito eu). Músiqinha fácil de ser ouvida, muito legal.
E quando você menos espera, já era! O disco chega ao fim. É uma pena, disco rápidinho. De qualquer forma, uma obra prima do Sonic Youth. Não é nenhum Daydream Nation, mas po, é ótimo. Evolue (ou ame, se você percebeu o nome do disco).
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PS: Como sempre o blog começa a me enjoar...

Mas não tenho o que dizer. Só que eu terminei meu home-made EP e que logo estarei disponibilizando em CD. Com capa e tudo.

Voce pode ouvir minha "banda" no:
www.myspace.com/axisreverb


Sem review por um tempo, to meio de saco cheio e logo volto às aulas.

sábado, 22 de julho de 2006

NEU! 2 - NEU!

NOVO! NEW! NUEVO! NEU!
(O kung fu nunca mais foi o mesmo)
Se você já assistiu Kill Bill, você já ouviu pelo menos uma música dessa banda. O NEU! foi formado por dois ex-integrantes da maior banda de música eletronica que já surgiu na face da terra: Kraftwerk. Eles trabalharam no segundo album dos caras e então sairam da banda para formarem o NEU!. Eles são os alemães Klaus Dinger e Michael Rother. Sim, o duo simplesmente inventou a famosa motorik beat, aka bateria apache, que você ouve por ai e nem sabe... Bowie e PiL são dois exemplos de fãs da banda que se utilizaram da bateria apache (vide o Metal Box inteiro e a faixa Red Sails do disco Lodger do Bowie).
Esse disco que eu vou comentar aqui, o 2, foi lançado em 1973 e tem uma história curiosa: Eles fizeram o primeiro e conseguiram financiamento pro segundo, só que eles gastaram parte do dinheiro destinado ao estudio comprando instrumentos novos, e aí, no meio das gravações, o dinheiro acabou e eles tiveram que inventar um jeito de preencher o disco sem gastar nada... jogaram as duas músicas do single que eles lançaram em outubro do ano anterior e inventaram o remix e o scratch (você já vai entender porque)! O Lado A são as músicas que eles gravaram, o Lado B são as experiencias com rotação, fita, velocidade, etc e as duas do single...
Mas vamos lá, faixa a faixa:
1 - Für immer (Forever): Exemplo perfeito do krautrock do NEU!. Baixo fazendo o riff simples, guitarra pirando e bateria robótica. 11 minutos do mais puro krautrock. Daqui pra frente não te garanto mais nada.
2 - Spitzenqualität [Primeira qualidade]: Passado os 11 minutos da Für Immer, paramos na faixa de primeirissima qualidade que é a Spitzenqualität. Bateria assombrosa (no sentido literal da palavra), só alguns ruidos de guitarra ao fundo e a bateria apache de Dinger vai morrendo dos 2.30 até fim dos 3 minutos e 35 segundos de faixa. E tem mais, vamos lá.
3 - Gedenkminute (Für A + K) [1 minuto de silencio para A + K]: Sinos, sinos, chuva, sinos. Ah, e um ruido de vento... literalmente um minuto de silencio.
4 - Lila Engel (Lilac Angel): Bateria Apache a toda, alguns vocais (nada de letra pra vocês), guitarra e baixo tocando uma só nota. E assim vai pelos 4min e 37s de música, acelerando, ficando minimalista e explodindo em fúria, que provavelmente deixou Dinger sem folego depois da música. Isso é um proto punk de spitzenqualität.
5 - Neuschnee 78: Bem vindo ao lado B do disco. Primeiro "remix" do single Neuschnee/Super. Desse single eles fizeram todas as experiencias contidas no Lado B (exceto Cassetto, que é remix da Für Immer). Por falta de dinheiro pro estúdio (como eu disse anteriormente) eles pegaram um disco do single e começaram a "brincar" he he he. O single deles estava um pouquinho riscado, da pra notar que as vezes a música pula. Interessante. Ah, o número ao lado da música é o RPM em que a música foi tocada. Essa foi a 78 RPM, a Super 16 foi a 16 RPM.
6 - Super 16: A famosa música de Kung Fu que eu já disse antes pra vocês no post dos filmes de kung fu. Tarantino já usou. Esse remix ficou o mais penetrante, o mais animal (no sentido literal), o mais pesado. É música pra colocar em filme quando o psicopata vai andando pra matar alguém (assim como no filme "O Mestre da Guilhotina Voadora", que esse é o tema do vilão do filme). Recomendo pela curtição.
7 - Neuschnee [neve recém caida]: A versão normal do single. Uma faixa bem no estilo NEU! de ser, bateria minimalista, um riff de guitarra penetrante e relaxante. Bem ao modo de Dinger. No disco seguinte, o NEU! 75', haveria uma divisão na banda e o Lado A seria de músicas de Rother e o lado B seria de músicas de Dinger. Essa é um exemplo do Lado A, junto com a Gedenkminute.
8 - Cassetto: Essa faixa é interessante. Rother tinha um toca-fitas que estava quebrado e engolia as fitas. O duo resolveu ver o que aconteceria se tocassem uma de suas músicas nesse radio. O resultado é Cassetto, uma versão zumbi de Für Immer. O legal é ver como eles acabaram criando uma música assombrosa com apenas um radio quebrado e uma idéia.
9 - Super 78: Isso parece música de desenho animado. Mas é legal pra caramba. Os gritos de Rother parecem mesmo de desenho animado. Não dá nem tempo pra você pensar no que tá acontecendo que ela já acaba.
10 - Hallo Excentrico!: Essa é bizarra. Pra fazer esse clima na música foi preciso de um toca discos e um dedo... e voilá! Eles criaram o Scratch! Primitivo, mas é um scratch. Não tenho certeza, mas parece que eles usaram dois discos da música Neuschnee e ficaram rodando.
11 - Super: E essa é literalmente uma super faixa. Proto punk a moda de Dinger. Esse é um exemplo do lado B do próximo disco deles, o NEU! 75', como eu já expliquei antes. A linha de bateria é muito interessante, o baixo é simples e a guitarra fica naquele riff proto-punk. É minha faixa favorita do disco.

Não recomendo esse disco pra ouvintes de primeira viagem de NEU!. O primeiro disco é mais fácil para começar. Mas se você se sentir disposto, o NEU! 2 é um ótimo disco. Influenciou muita gente e eu ainda acredito que a música Incubation do Joy Division é uma tentativa de "copiar" o estilo do NEU!.

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Considerações, Parte I

Depois de mais de uma semana sem postar, venho aqui para colocar minha opinião sobre o rock para vocês. Espero que gostem e entendam a coluna de hoje.
O Passado obscuro do Rock
(Rock will eat itself)

Novidade músical, divisores de águas, etc... Músicas que até então não existiam e que se tornam padrão. Esse é o assunto de hoje, pessoal que lê esse troço. Vou fazer minhas considerações sobre três discos que deviam estar em todas as prateleiras de quem curte a boa música. Todo fã de música alternameba (leia-se essas bandas novas como Franz Ferdinand ou bandas dos anos 80 como Joy Division, Bauhaus e etc.) devia ter. Sem esses três discos, tenha certeza que o rock não estaria na missa de sétimo dia ainda. Já teria virado poeira.

O primeiro é o Low, de David Bowie, que saiu em 1977. Todo aquele esquema Lado A, Lado B. Lado A são as rocker songs, impulsos sonicos de sintetizadores e aquela mixagem perfeita da bateria na sound and vision; o Lado B sendo músicas intimistas, introspectivas, soturnas e todos os adjetivos que você poderia usar se tratando de Joy Division ou The Cure (só pra constar: eu não uso tais adjetivos pra essas bandas, mas a imprensa e "fãs" em geral sim). São músicas com um novo alcance, um novo padrão, uma nova sonoridade. Junções, simplesmente. A+B+C=L. Junção do rock, krautrock, vanguarda eletronica e o pop. Junção do antigo para a criação de algo extremamente novo. O mundo seria diferente sem esse disco, pode ter certeza. Se Bowie cantou Let's Dance nos anos 80, agradeça a esse disco.

O segundo é Metal Box, do infame Public Image Ltd do senhor John Lydon, lançado em 1979,. Se Peter Hook hoje pode fazer suas piruetas no baixo com o New Order, é por causa do PiL e de seu baixista Jah Wobble. O PiL foi a primeira banda a realmente querer colocar o baixo onde ele deveria estar no rock: na frente. E esse disco é o exemplo perfeito disso. Os riffs de baixo desse disco são os mais bem estruturado e inteligentes que você provavelmente já ouviu. Se você não balançar a cabeça nem sentir vontade de dançar com esse disco, você tem problemas. O espirito do Metal Box pode ser definido pelo nome de uma faixa: Death Disco, ou Disco (Music) da Morte. Como disse um amigo meu: "Imagine John Travolta e Olivia Newton-John zumbis dançando naquele tablado dos embalos de sábado a noite, só que num cemitério daqueles de filmes". Bom, não com essas palavras, mas o sentido é esse. E o disco é assim. Joy Division talvez não fosse o mesmo sem esse grande album.

O terceiro é Amnesiac, do Radiohead, lançado em 2001. Bom, porque esse disco e não o Kid A? Ou o OK Computer? Kid A é muito bom, fiquei realmente em dúvida, mas apesar de toda a novidade, não se compara ao Amnesiac. OK Computer é chato e é a adolescencia do Radiohead acabando. O Kid A é a fase pós-adolescencia, dos 18 aos 20 e poucos. O Amnesiac sim, é o disco mais maturo que eles fizeram. E mais abrasivo, mais dificil de engolir. Abre com uma música bem a lá Kid A e fecha com uma música ao velho estilo cabaré, mas atualizado pra versão novo milênio. E no meio? Duas ou três baladas, experimentalismo com músicas invertidas, uma nova versão para uma música do Kid A e mais algumas músicas não-convencionais, mas nem tanto. Bem ao nome da primeira música, as faixas são "embaladas como sardinhas em uma lata amassada". É a evolução do garoto A. A única coisa que me deixa triste é que esse disco não virou padrão (nem o Kid A). Não virou padrão porque ninguém tem coragem de repetir isso. Não virou padrão porque ninguém vai botar a cara pra bater fazendo um disco assim. Não virou padrão porque parece que ninguém consegue fazer algo parecido diferente (se é que me entendem). É uma pena, pois eu acredito que esse deveria ser o futuro do cadaver do rock.

Mas ainda acredito que algum garoto com idéias na cabeça pode mudar o padrão, de novo. Como Ian Curtis fez, como Jim Morrison fez, como Kurt Cobain fez, como Thom Yorke tenta fazer. Mas isso é assunto pra outro post, os anti-heróis músicais que eu tanto gosto.

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Kung Fu Series, Part 1

IIIIIIIIIIIIIIÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ
(efeitos sonoros toscos comandam!)



Hoje, povo que lê essa joça, vou falar de dois filmes que eu vi essa semana. Vocês gostam de Kung Fu? Filmes toscos mas ótimos? Violencia chinesa? Então você precisa ver esses dois filmes.
O primeiro que eu vou comentar se chama "O Mestre da Guilhotina Voadora" ("Master of the Flying Guillotine", aka "The One Armed Boxer vs. the Flying Guillotine", que em chinês é "Du bi quan wang da po xue di zi"). Esse filme é de 1975 e influenciou muita gente por ai, incluindo Quentin Tarantino (que usa até uma música do filme) e jogos de luta em geral (principalmente Street Fighter e Mortal Kombat, mais pra frente explico porque). O filme é uma continuação do filme One-Armed Boxer (não sei como se chama em português) sobre o Boxeador de Um Braço Só. O filme já começa com o velho cego Fung Shen Wu Chi, que é simplesmente o mestre da guilhotina voadora (vide foto). É muito bizarro essa cena inicial, mas o mais bizarro é que a música tema do Guilhotina é do NEU!. Cada vez que o chinês aparece, toca o famoso remix "Super 16" (o próximo review que eu fizer de disco será do NEU! 2, ai vocês entenderam porque remix). E é essa música que Quentin reutiliza no Kill Bill (não lembro onde, preciso rever o K.B.). No primeiro filme, o Boxeador mata dois discipulos do Guilhotina, e agora nesse filme o mestre da arma mais bizarra que eu já vi quer vingança! Então ele parte em busca do Boxeador de Um Braço Só... É um filme que garante boas risadas (se você souber ver) e boas cenas de ação. Claro, há os erros, comuns num filme chinês de 1975! Numa luta de um outro lutador sem um braço, você vê nitidamente o braço embaixo do lutador, e mesmo o Boxeador não escapa, você percebe o braço dele na altura da barriga, escondido. Garantia de gargalhadas, apesar do filme ser espetacular e muito bem escrito, com lutas e desfechos bem inteligentes. No meio do filme há um torneio de artes marciais, bem no estilo Dragon Ball, Mortal Kombat, etc., e nesse torneio existe dois personagens intrigantes: um é identico ao Dalshim do Street Fighter, com aquela habilidade de esticar os braços (muito bizarro, por ser um chinês disfarçado de indiano!) e o outro é parecido com o Raiden, só que é um pilantrão (Vence-sem-Faca Yakuma, qe no fim das contas vence com uma faca).
O mais interessante é o uso das músicas de duas bandas alemãs, o NEU! (como eu já citei antes) e o Kraftwerk. Sim, os deuses da música eletronica tem duas ou tres músicas deles no filme, todas do disco Autobahn. Extremamente bizarro!
O segundo filme que eu irei comentar se chama "A Fúria do Mestre" ("Rage of the Master"). De acordo com a capa do meu DVD, é o filme de kung fu mais violento que já produziram. Exageros a parte, o filme é realmente MUITO violento. Não tem tanto sangue, ninguém é cortado ao meio, mas o que morre de gente nesse filme nem Quetin Tarantino conseguiu repetir. Kill Bill é nitidamente inspirado numa cena mais ao final do filme, onde o herói luta num "bar" (que nesse caso, é mais ou menos um cassino chinês). Bom, vou avisar desde já que não me lembro dos nomes dos personagens, espero que vocês entendam meu resumo!
Bom, a história é a seguinte: Tinha uma escola de artes marciais, onde o pai da heroina era o dono. Pois bem, ai chegam os vilões que querem o lugar pra montar um cassino (como eu disse anteriormente), e vão tomar a força. Matam meio mundo, inclusive o pai e a mãe da heroina. Ela foge com o irmão e com mais dois discipulos do pai dela (um pai e filho). O tiozinho da a idéia de ir procurar o Herói do filme, que se recusa a ajudar por causa da mãe. Então alguns acontecimentos bizarros ocorrem no filme e no fim das contas a velha deixa o filho ajudar, mas os vilões acham e matam todo mundo, literalmente. Carnificina pura! Então o herói parte pra vingança (sempre ela) e mata todos os vilões. É nessa parte que a cena "Kill Bill" aparece. É um filme tosco, de 1975 também, mas é muito bom pra quem gosta de violencia, artes marciais e filmes toscos (como eu).
Bom, espero que tenham entendido meus resumos e espero também que você tenha se interesado pelos filmes. Lembre-se, é tosqueira pura, cenas ridiculas, dialogos sem nexo, mas pra quem gosta disso, são filmes perfeitos! E olha, baratinho comprar. R$9,90 no supermercado mais próximo de você.
P.S.: ITÁÁÁLIA TETRA CAMPEÃÃÃÃÃ! Parabéns à Azurra (extremamente atrasado =P)

sábado, 8 de julho de 2006

Labirinto - Jim Hensson (filme) / David Bowie (LP)

Hoggle, o matador de fadinhas!
(Onde estaria o Minotauro???)

David Bowie na telona? Sim! O grande trunfo do filme Labirinto, a magia do tempo é sem dúvida alguma nosso querido David Bowie.
O filme é de '86 e traz no elenco (além de David) Jennifer Connelly (ela fez recentemente Hulk e Réquiem para um Sonho) e os bonecos de Jim Henson. Sabe quem é Jim Henson? Além do diretor desse filme, ele é o cara que criou os MUPPETS! Sim, Caco o sapo é dele. E outra coisa que me impressionou também é o fato do roteiro ter sido escrito por Terry Jones, um dos integrantes do MONTY PYTHON (sim, aqueles ingleses insanos hahahaha), só que de acordo com o IBDM, o roteiro dele só foi utilizado até a hora da maçã (aliás, entrem no site, na página do Labirinto [clique aqui])! Ah, quase esqueci o mais importante: GEORGE LUCAS (é, o cara do Star Wars) é o produtor executivo (ou seja, o cara que patrocina, da a grana).

O filme é o seguinte: Sarah (Jennifer) é uma garota sonhadora que gosta de fantasiar a vida. A primeira cena é ela declamando uma parte do livro fvorito dela (que não por acaso se chama Labirinto e é sobre duendes). Só que ela tem um "problema": ela tem que cuidar de seu irmãozinho, Toby. Mas um dia ela se enche e pede para que os duendes levem seu irmãozinho. Nessa hora, eis que surge nosso amado David Bowie no papel de Jareth, o rei duende e fala pra Sarah que vai levar o pequeno Toby como um presente. E assim Sarah parte em busca de Toby por entre o Labirinto. E no caminho ela encontra vários obstaculos e 3 amigos: Hoggle, Ludo e Didymus (hahaha esse ultimo é demais! Bem a lá Muppets. Ah, ele tem um cachorro, o Ambrosius =S).
O filme é primariamente para crianças, mas juro pra vocês que é um filme maravilhoso. Sim, tem umas cenas meio toscas, a atuação de Jennifer não é 100%, mas no conjunto da obra ele é um filme divertido. Sessão da tarde total, vale a pena (mais ainda pelo Bowie com aquele cabelo hahaha).

Mas....


...e a trilha sonora, vocês perguntam?

Rá, eu respondo. É ótima! Acho que é um dos melhores discos dos anos 80 do Bowie. O disco é a trilha sonora do filme, então por consequencia, há as músicas que o Bowie canta e as músicas de background (BG). Claro, as músicas de BG parecem mais jogo do Mega Drive, mas são ótimas. Aliás, quase esqueci. O Long Play não é exclusivamente de David. Trevor Jones, compositor de filmes, é quem fez as faixas de BG e a trilha de abertura (junto com David, letras do David, arranjo do Trevor).
Faixa a Faixa: =D
1- Opening Titles Including Underground: É a música de abertura do filme, incluindo algumas linhas da Underground. "Não me diga que a verdade dói, garotinha/Porque dói como o inferno". Belas letras para um filme pra crianças!
2- Into the Labyrinth: Instrumental mega-drive!
3- Magic Dance: Do you remind me of the baby! Rá, duvido que você não se sinta num dia ensolarado cantarolando essa música sobre poder do vudu e magias com rabinhos de cachorrinhos e lesmas e caracóis.
4- Sarah: Outra instrumental mega-drive BG.
5- Chilly Down: Você já viu o filme? Então não vai se esquecer da cena dos duendes loucos que
ficam trocando de cabeça hahahaha Ótima música!
6- Hallucination: É mais uma instrumental Mega-Drive BG, mas no final há um preview da As the World Falls Down. Essa música aparece na hora que a Sarah come a maçã! (Estraguei o filme, será? =S)
7- As the World Falls Down: DUVIDO! Eu repito: DUVIDO que você nunca tenha ouvido essa música. Pode não lembrar, mas já ouviu! Linda música de amor! Tem fã de Bowie que não gosta, mas eu adoro (por motivos que prefiro guardar pra mim)!
8- The Goblin Battle: Essa é minha BG favorita! Essa é mega-drive total!
9- Within You: Ah, essa é outra cena memoravel do filme, Jahret fazendo seus malabares e cantando. E o Toby só fugindo! 10- Thirteen O'Clock: Outra BG mega-drive. Essa aparece um pouco antes do final do filme, na hora que Sarah conversa com Jahret. Se você viu o filme, vai entender o porque do nome da música ser 13.00
11- Home at Last: Êêêê! Home at last! Essa aparece na hora que Sarah retorna pra casa (dããã, num é óbvio?).
12- Underground: Final feliz, todo mundo feliz, Jim Henson e David Bowie felizes. Música maravilhosa, toca no final do filme e no final do disco, claro!

Pronto, agora você tem por obrigação pelo menos ver (ou rever) o filme, clássico da infancia de muita gente e agora é clássico da minha adolescencia! O disco (vinil) você acha em qualquer sebo, só dar uma procurada, e é baratinho. O filme já é mais difícil, pois nas locadoras é duro de achar. O mais fácil é comprar mesmo, ou pegar emprestado de alguém (que é o meu caso!). Mas não deixe de ver (ou ouvir) o Labirinto e sua magia do tempo.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Fabulous Muscles - Xiu Xiu

Jamie Stewart, the Vampire
(bizarrices e experimentações ainda existem!)


Se você é fã do rock'n'roll tradicional ou tem problemas emocionais, não chegue nem perto do disco dessa banda fabulosa da Califórnia chamada Xiu Xiu (pronuncia-se Xu Xu. É, xuxu... sem piadas por favor). "Músculos Fabulosos" é um disco bem bizarro, com letras paranóicas e melodias absurdas, sem contar o vocalista Jamie Stewart que vai da loucura à mais doce e suave voz. Jamie não só é o vocalista como é o idealizador do Xiu Xiu, e após várias mudanças de line up, só Jamie é quem continua firme.

Xiu Xiu é estranho, é insano, é bizarro, mas vale muito a pena pra todos aqueles que querem sair da mediocridade do rock atual. Jamie diz ser influenciado pelas bandas inglesas de pós-punk como Cure e Joy Division (sempre eles), essa ultima sendo homenageada em duas música: na melhor cover da Ceremony que eu já ouvi na minha vida e na Ian Curtis Wishlist (essa segunda é beeeeeem estranha).

Mas vamos ao disco! O disco tem 3 tipos de música: As anti-pop (Suport Our Troops Oh!), as bizarras-indie (Bunny Gamer, Brian the Vampire) e as indies (Fabulous Muscles). O disco é baseado na percursão e instrumentos eletronicos, na faixa-título e em algumas faixas você encontra uma melodia no violão maravilhosa, e então você se depara com a letra bizarra. Como de costume, faixa a faixa:

1- Crank Heart: A faixa de abertura do disco, já mostra bem o que você vai encontrar no disco. Começa calma, ai ela dá uma parada e explode no refrão. Letra inteligente, música inteligente (Contando uma piada à seu filho/Ele não acha engraçado/"Nós iremos pega-lo despreparado/E se ele não usar cueca"...em inglês rima).

2- I Luv the Valley: A primeira música que eu ouvi do Xiu Xiu foi essa. Uma música um tanto quanto no estilo indie, com um riff potente e uma percursão tribal. Ele canta algumas frases em frances misturado com ingles ("Je t'aime the valley" ou "It's l'histroic de la famile"). A minha favorita do disco, seria a sua também.

3- Bunny Gamer (B): O coelho jogador. Uma música nos padrões do Xiu Xiu. Interessante, com letras como "Arrumando meu cabelo/Eu quero te impressionar/Hoje todo dia, ok".

4- Little Panda McElroy (B): Depois do coelho vem o PANDA! Essa tem uma melodia realmente triste, letra idem: "Eu posso parar de mentir/Posso parar de socar minha cara/Eu posso parar de roubar dinheiro/Posso parar de odiar meu coração/Eu posso/Por você".

5- Support Our Troops Oh! (Black Angels Oh!): Ah, essa aqui é estranha. Não há melodia, Jamie só recita a letra, que é direcionada a um assassino de uma garotinha de 4 anos. "...e você sabia/que o pai dela ia dizer pra você/'Por favor senhor, posso levar o corpo dela pra casa?'". E ele continua, falando que o assassino é um "babaca que era muito estupido e muito mesquinho" e "porque eu deveria me importar/Se voce for morto?". Pelo nome da música, eu suponho que seja algo a ver com a guerra do Iraque, ou algo assim.

6- Fabulous Muscles [Mama Black Widow Version]: "Quebrar minha cara/Foi o toque mais gentil que você me deu". É, e a música é realmente triste. Até agora não entendi se a letra é homossexual ou não ("Ajoelhando-se na carne familiar de agora/Do seu pênis deformado [????]). Em todo caso, a música é linda e a melodia é triste. E eu avisei que era bizarro. E isso lembra Lou Reed, não lembra?

7- Brian The Vampire: Pra quebrar todo o clima deprê da Fabulous Muscles, vem o Vampiro Brian. Tem bastante microfonia e sons eletronicos.
8- Nieces Pieces [Boat Knife Version]: Essa sim é uma porrada no queixo. Procure a letra inteira.

9- Clowne Towne: Uma melodia até que dançante, cantarolável, apesar das letras (de novo elas!). "Seu verdedeiro amor ficou tão bebada que ela não é capaz de pagar o aluguel/Ou manter suas palavras pra si mesma" e "O seu verdadeiro eu se tornou fraco, sozinho, e irritante/Um verdadeiro idiota ridiculo." Precisa falar alguma coisa?

10- Mike: E pra fechar com todo esse desespero, vem Mike. A letra é direcionada ao pai (de quem eu não sei). Bizarro, pra fechar bem o disco. A música é esparsa, sem melodia convencional.



Continua vivo? Parabéns. Apesar do desespero e sofrimento, a banda vale a pena. Porque? Porque é praticamente a salvação do rock ou seja lá o que existe hoje. É experimental, é diferente, é interessante, é ótimo! Em termos de "revolução", Xiu Xiu pode ser comparado ao Velvet Underground dos anos '00 (acredito eu). Posso estar exagerando, mas lembrem-se que o Velvet nunca fez sucesso e virou cult depois de muito tempo. E as letras do Velvet não são lá tão normais (vide Heroin e Sister Ray). Sei lá, é minha opinião própria pessoal (ha-ha-ha). Não acreditem em mim.
Bom, como eu sei que você não conhecia o Xiu Xiu, espero que você tenha se sentido motivado a ir atrás dessa banda. =D
Go soulseeking!

Copa do Mundo '06 - Post 3

Itália x França na final da copa. Que coisa!




Vamos ver no que vai dar essa copa.

Ah, prometo que hoje eu posto um review =P

terça-feira, 4 de julho de 2006

Copa do Mundo '06 - Post 2

Itália na final, ganhando da dona da casa, a Alemanha. Será que Portugal consegue passar pelos franceses? Igualdade, Liberdade e Fraternidade que o digam.
Não perca os próximos capitulos dessa saga futebolistica.


{sem review hoje, to com preguiça hahahaha}

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Psychocandy - Jesus and Mary Chain

Psicodoce
(Uma "bad trip" aos moldes do Velvet Underground)
Você gosta de ação? Microfonia? Irmãos escoceses briguentos? Jaquetas de couro e óculos? Bem vindo ao mundo do Jesus And Mary Chain.
A banda consiste basicamente nos irmãos Jim e William Reid, sendo que nesse disco também tem Douglas Hart no baixo e Bobby Gillespie (front man do Primal Scream, se mantinha nas duas bandas até que decidiu seguir com o Primal Scream) na bateria.

O grupo ficou conhecido lá em Glasgow por fazerem set-lists de 10 minutos, tocar de costas para o publico sem falar com eles e por fazer aquela barulheira infernal de distorções. Geralmente os show acabavam com brigas, tumultos sempre por causa dos irmãos quebrarem os instrumentos no palco. Lembrem-se: isso é '84, '85. Após o lançamento dos singles "You Trip Me Up" e "Never Understand", eles lançaram seu primeiro Long Play, o Psychocandy. E é exatamente sobre ele que nós iremos comentar.

Se você quiser encher o saco do vizinho, existem quatro discos essenciais (e eu digo discos bons): White Light/White Heat do Velvet Underground; Funhouse dos Stooges (principalmente a L.A. Blues); Metal Machine Music do Lou Reed (esse pode encher até o seu saco) e o Psychocandy. Claro, o Psychocandy não é tão sujo quanto o White Light/White Heat mas por motivos de influencias: Beach Boys, Phil Spector e o próprio Velvet Underground no mesmo disco, na mesma banda. O disco é basicamente melodias extremamente pops com aquela parede de distorção por trás. Esse disco é extremamente influente pro Shoegazing (e pro disco que eu já comentei a três posts atrás, o Loveless). E o disco é simples, tem meia duzia de acordes, bateria percursiva a la Velvet e vocais melodiosos.

Um "defeito" do disco: É tudo igual! Não que isso prejudique o disco, pelo contrário. Mas é tudo igual. É como o The Fall, só que com menos fillers e mais músicas boas. Tanto que esse disco é um dos meus discos favoritos.

Faixa a Faixa:

1- Just Like Honey: tem uma melodia impressionante, com letras como "Comer todo o lixo foi a coisa mais dificil que eu já fiz por você".

2- The Living End: "Eu vou seguindo com a minha motocicleta. Eu vou seguindo com a minha motocicleta. Eu me sinto tão bem com minhas botas de couro. Eu me sinto tão bem com minhas botas de couro. Estou apaixonado por mim mesmo. Estou apaixonado por mim mesmo. Não há nada a não ser eu. Não há nada a não ser eu." Sem comentários!

3- Taste the Floor: 3 acordes e sujeira. Exemplo da parede sonoroa de ruidos contrastando com a melodia. "E todos os peixes se afogam". Letras mais ou menos, né.

4- The Hardest Walk: 3 acordes e sujeira. Mas é legal, apesar de ser igual a pelo menos umas outras três.

5- Cut Dead: Bom, exemplo do pop que o JAMC fazia. Meio dream pop/Shoegazing essa música.

6- In a Hole: 3 acordes e sujeira. "A grama é sempre mais verde no outro lado".

7- Taste of Cindy: rapidinha e bonitinha. 1'42", 3 acordes e Cindy.

8- Some Candy Talking [só no cd]: Essa tinha sido lançada num EP de mesmo nome e só entrou no lançamento do CD. Ótima música. Ela também está no disco "Barbed Wire Kisses" ('88), só de lados B e raridades

9- Never Understand: Lançado préviamente como single, essa é minha música favorita do disco. Rapidinha, letra direta pra alguém que nunca entende o compositor.

10- Inside Me: 3 acordes e sujeira. Outra que também é legal mas é igual a mais outras três.

11- Sowing Seeds: Essa tem um refrão um pouco diferente, ae! Mas como eu disse antes, o defeito é esse, músicas meio que repetidas.

12- My Little Underground: Essa é boa! Lembra Pós-Punk, Shoegazing e Beatles. Ótima melodia, ótima música. Dúvido que ela não entre na sua cabeça.

13- You Trip Me Up: O outro single que foi lançado antes do disco. Outra melodia que gruda mais que chiclete no cabelo.

14- Something's Wrong: Outra música que é parecida com mais umas três. Mas é boa. Bastante reverb (que eu amo =D) ecoando na voz do Jim!

15- It's So Hard: A que fecha! Bela linha de baixo, belo take de vocal, bela melodia.




Pegue já seu PSICODOCE! Prometo que não dá cárie.
=D

sábado, 1 de julho de 2006

Copa do Mundo '06 - Alemanha

FUSSBALL-WELTMEISTERSCHAFT '06
(O quadrado mágico fez uma grande palhaçada no circo alemão!)

Animos exaltados, não há hora melhor de falar na copa do mundo (já que ela praticamente acabou de manhã pra mim!).

Eu estava torcendo pro vaidoso English Team (apesar de que bonitão só o Beckham, porque o Rooney e o goleiro Robinson...) e eles foram eliminados hoje cedo pela badalada esquadra lusitana. Fiquei mal, sinceramente. Nos penaltis é questão de sorte. Não gosto do Felipão, mas depois de hoje eu admito: é um ótimo técnico. Rooney foi expulso, quis jogar demais e jogou de menos. Beckham pelo que parece "pipocou". Crouch como sempre fez sua parte, grande (literalmente) pirulão inglês (sou fã desse cara)! O que mais há pra falar? Ah sim. O TIME INGLÊS PELO MENOS JOGOU ATÉ O FIM!

E o Brasil? Jogo medíocre por parte da seleção canarinho inteira. Parreira, Zagallo, Quadrado (mandrake) mágico. O ÚNICO que se salvou hoje foi Lúcio numa partida espetacular por parte dele (sem ele com certeza teriamos uma reprise da final de '98). Zidane e Henry, a dupla infernal (cuidado Portugal).

Alemanha passa pela Itália numa boa (acredito eu). E se não passar, ai é certeza de Portugal ser campeão mundial. Que zebra hein? Não acha que Portugal mereça? Olha só: 1ª fase pegou Irã, Angola e México. Até ai, ok. Oitavas pegou Holanda naquele jogo conturbadissimo (4 cartões vermelhos, 12 cartões amarelos) e passou. Hoje pegou o English Team de Beckham e Crouch e passou nos penalties. Não merece???


Bom, é isso, parabéns Brasil por ser uma merda de time mascarado. \0/



Portugal rumo ao campeonato mundial. Não estou torcendo pros lusitanos, mas depois de hoje eles merecem.

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Human After All - Daft Punk

Humanos afinal!
(Os robôs franceses querem tocar na sua casa, sua casa)



Daft Punk está tocando em minha casa, já dizia James Murphy do LCD Soundsystem (o primeiro cara a tocar Daft Punk pros rockeiros).

O Daft Punk é composto pelos franceses Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter, e eles são considerados uma das duplas de música eletrônica mais bem sucedidos da indústria musical, tanto em vendas e criticas. O duo não é brincadeira: apareceu em '94 com o single "The New Wave" e "Da Funk" (este ultimo aparece também no Long Play de estréia do duo, o Homework). Lançou 3 discos até agora (Homework, Discovery e Human After All), todos eles muito diferentes um do outro. O Homework é mais puxado pro Dance, sem muitas letras; o Discovery é praticamente um resgate do Synthpop, todo melodioso e é o que lançou o Daft Punk à estratosfera (literalmente com o video Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem, que depois eu comento); e esse que vai ser comentado aqui hoje que é o Human After All, que contém todos os elementos do Daft Punk mas com muito mais vocoders e efeitos e letras (mas não muitas). E mais pesado e repetitivo também.

As criticas do Human After All foram mistas, e todas notaram o tempo de gravação e de duração do disco (6 semanas e 45 minutos respectivamente), bem menores do que os outros dois discos. E muitos criticaram o fato das músicas serem um tanto quanto repetitivas. Mas como já disse o duo: "Nós acreditamos que Human After All fala por si só". Em '05 o disco chegou ao topo da Top de álbums eletrônicos e no 98º lugar nos 200+, tudo na Billboard. O disco é aquela coisa: guitarra, sintetisadores e bateria eletrônica bate-estaca, mas poucos conseguem fazer do bate-estaca algo realmente bom. E outro fato interessante do disco são os vocoders, que fazem papel de voz, baixo, guitarra e teclado. Se você não prestar muita atenção vai acabar achando que alguns riff são mesmo de guitarra.

Let's go, faixa a faixa como de costume:

1- Human After All: Os robôs são humanos afinal! Os vocoders estão a mil nessa faixa, assim como a guitarra. A base melódica é construida em vocoder e a música fica falando que sim, humanos afinal!

2- Prime Time of your Life: Música estranha, meia quebrada, falando do Horário Nobre da sua Vida. É a faixa menos dançante desse disco. O legal é o final da faixa, que vai aumentando de velocidade conforme o fim da faixa se aproxima. Dá uma sensação de violencia, impossivel de ser dançada. Já viu o clipe? É um dos mais legais e mais bizarros que eu já vi. [Clica no nome da música que voce vai ver o clipe no You Tube. Vou colocar na Robot Rock e na Technologic também]

3- Robot Rock: [Clica no nome e veja o clipe] Rock, Robot Rock! Lembra bastante uma faixa de Disco dos anos 70 versão robótica. Riff poderoso de guitarra, melodia incrivel de vocoders. Impossivel ficar parado ouvindo essa faixa.

4- Steam Machine: A única palavra cantada nos 5'22" de faixa é "Steam", numa voz sussurrada, como a própria palavra (Vapor). E a música é bem como o nome: é uma maquina a vapor dançante.

5- Make Love: Sim, robôs também fazem amor. E a música é literalmente pra isso: fazer amor. Não preciso dizer muita coisa, preciso?

6- The Brainwasher: Depois de fazer amor eles te fazem uma lavagem cerebral! The brainwasher tem um riff que me é extremamente familiar, só não sei onde eu o ouvi. Faixa bem nos moldes Industriais.

7- On/Off: Interlúdio de samplers de 0'19" de duração. Quase uma Don't Sit Down (do disco Space Oddity do David Bowie).

8- Television Rules the Nation: Quando eu ouvi essa faixa me lembrei do clipe da Prime Time of Your Life. Essa faixa seria uma mensagem pra todos que amam ficar vendo televisão. Ela manda na nação...

9- Technologic: [Clique e veja o clipe] Ah, a tecnologia é sensacional! E a letra dessa faixa é parecida com a da Eraser do Nine Inch Nails, só no imperativo. E o mais legal: Só coisas de tecnologia! Compre, Use, Quebre, Conserte, Jogue no Lixo, Mude, Dê um Upgrade e assim vai. O Riff principal da música é o Yeah! Preste atenção. Ah, curiosidade: No clipe, o robô-alien-bebê usado é a parte mecânica do Chucky, o boneco assassino. Sim, ele mesmo.

10- Emotion: E pra fechar bonito, robôs tem emoção! Que bonito! A faixa utiliza o Yeah! da Technologic. Faixa muito bonita. Acho que os robôs são humanos finalmente nessa faixa.


Tá esperando o que pra ir atrás do long play? Vai ter show deles em outubro no Tim Festival. Então, já vá se preparando. Junto com eles vai vir o Yeah Yeah Yeahs (quando eu ouvir o disco de estréia deles escreverei alguma coisa aqui sobre)






P.S: Ah, não esqueci do Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem (foto). O esquema desse filme é o seguinte: é a história de uma banda alien chamada Crescendolls que é raptada para a terra. E o melhor de tudo é que a trilha sonora é do Discovery (2º disco do Daft Punk). Cada faixa é um pedaço do filme, e 4 videoclips foram retirados do Interstella: One More Time, Aerodynamic, Digital Love e Harder, Better, Faster, Stronger. Os quatro clipes estreiaram no Toonami (da Cartoon Network) e na MTV. Do cachorro Charles (do clipe Da Funk e Fresh) aos aliens do Crescendolls e agora até o Chucky faz uma ponta nos clipes desses caras. Mais pra frente eu faço um review do Discovery e do Homework pra vocês.