domingo, 20 de agosto de 2006

Metal Machine Music - Lou Reed

WHITE NOISE PURO!
(O Cristal da Distroção e Microfonia)


Você acha que Sonic Youth e Jesus and Mary Chain tem muita distorção? Ha, vocês nunca ouviram o Metal Machine Music do Lou Reed (e nem conseguiriam). É um disco pé no saco total. Você conseguiu ouvir? Tá, bem vindo ao clube! Alguns dizem que é realmente um trabalho artistico do Lou (inclusive ele próprio), mas a grande maioria (e muitos criticos também) acreditam que é só um disco pra tirar sarro da gravadora. "Mas então, do que se trata?", você me pergunta! Se trata de DISTORÇÃO E MICROFONIA! Em estado BRUTO! Não tem melodia, não tem baixo, não tem bateria. Só microfonia e distorção. Tudo bem, 2 minutos disso não fazem mal a ninguém, mas UMA HORA E TRÊS MINUTOS DISSO???? Sim, Lou Reed conseguiu. E sem jogar a carreira por água abaixo. Impressionante! O álbum consiste em 4 faixas (no original 2 vinis, 4 lados). Se interessou? Seu masoquista! Ouvidos fracos, se mantenham longe desse disco.

Faixa a Faixa:

1 - Metal Machine Music Part 1: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção.

2 - Metal Machine Music Part 2: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção.

3 - Metal Machine Music Part 3: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção.

4 - Metal Machine Music Part 4: Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção e Microfonia e Distorção. Só que virtualmente infinito.... No vinil era fechado o sulco pra ficar repetindo sem parar.... Infernal não?

Eu falo: BAIXE E OUÇA! Se vc quiser ter noções de microfonia é uma boa aula. Hahaha!

[Post pra zuar mesmo, não tenho o que fazer. Ah, e eu ouço o Metal Machine Music. De verdade!]

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Strangeways, here we come - Smiths

Os Silva da cena mancuniana
(The death of a disco dancer)


A cena músical inglesa independente nunca mais foi a mesma após essa banda. Morrissey, Johnny Marr, Andy Rourke e Mike Joyce na minha opinião foram a banda que tem a discografia mais consistente de todos os tempos depois dos beatles. Não tem músicas ruins! E esse disco é uma jóia pois é o último dos Smiths. "Strangeways, Here We Come" é o gran finale dos Smiths e o nome foi tirado da prisão Strangeways e adicionada a uma fala de um certo filme. O disco é consistente, com todos os lirismos de Morrisey a flor da pele e toda a parte músical impecável. Esse disco foi lançado após o magnifico The Queen Is Dead. Comparar os dois é até pecado, pois o Queen is Dead é a obra prima dos Smiths e o Strangeways é a jóia da coroa. Esse contêm faixas cínicas, lamuriosas e melancólicas, ou seja, o de sempre dos Smiths. Mas vamos lá, não tem muito o que falar dessa banda maravilhosa. Ouçam o Queen Is Dead!!

Faixa a Faixa:

1 - A Rush and a Push and the Land is Ours: Essa é uma faixa curiosa pois não tem guitarra! =S É isso mesmo, ó leitor. Mas po, grande letra, titulo inspirado pelo poema da mãe de Oscar Wilde (o cara que tava do lado dele no portão do cemitério). Minha favorita do disco.

2 - I Started Something I Couldn't Finish: Glam rock total essa faixa. O mais legal dela é o rosnar furioso de Moz! Só tem duas músicas nas quais ele dá esse rosnado: essa e Hairdresser on Fire (da carreira solo de Moz). Ótima faixa (eu vou falar isso de todas hahaha).

3 - Death of a Disco Dancer: Aqui temos uma faixa que deveria ser canonizada. A letra fala sobre AIDS (os dançarinos de disco nessa época estavam morrendo de AIDS). Melodia vocal perfeita, clima sombrio a la Smiths. Música pesada. Dizem que essa é a prova da influencia dos Smiths no Radiohead.

4 - Girlfrien in a Coma: É, Moz. Pura tiração de sarro essa música, mas é muito boa. O clipe também é interessante, fica repetindo a cena de alguns segundos exaustivamente. Recomendo.

5 - Stop Me If You Think that you've Heard This one Before: Ufa! Hahaha nome grande po! Mas música ótima! E o clipe então? Hahaha Uma piada: Consiste em Moz e um batalhão de cópias dele passeando pelas ruas de Manchester e mostrando lugares iconograficos dos Smiths, como o Salford Lads Club. Faixa clássica Smithiniana, tem todos os "cliches" deles. Ótima, ótima, ótima! Ah, curiosidade sobre o clipe: No Reino Unido o mesmo clipe dela é usado para a "I Stated Something I Couldn't Finish".

6 - Last Night I Dreamt That Somebody Loved Me: Música melancólica. Começa com ruidos de pessoas e com os acordes de piano. Ai evolue praquele tipo de música em que ou você se afunda na cadeira ou dança com alguém. Música lindissima.

7 - Unhappy Birthday: Eu ainda vou cantar essa música pra alguém. É uma música cínica falando que a pessoa é má e mente e por isso deseja um infeliz aniversário e que a pessoa morra. O curioso é o fato da música ser pra cima, uma melodia alegre e uma letra tão má! Não que tenha ficado ruim, mas é curioso não?

8 - Paint a Vulgar Picture: Essa é espetacular. O cínismo presente em Frankly Mr. Shankly evolui e acaba nessa letra. Ela fala sobre um artista que vai ter suas músicas relançadas pra tentar devolver a carreira do tal artista e Moz fala o quão ridiculo é isso e que ele poderia ter evitado, mas que a fama é mais tentadora do que parece.

9 - Death at One's Elbow: Com certeza, a mais fraca do disco. É muito legal mas repetitiva do modo ruim.

10 - I Won't Share You: É o fim. Literalmente. É quase uma The End, do Abbey Road. Música linda, dizem que é a carta de despedida de Moz para Marr. É aquela música pra sentar no sofá e pensar sobre a vida.

Recomendado. Volto logo mais pra outro review de algum disco bom que eu estiver ouvindo nessa semana que vêm.