domingo, 30 de setembro de 2007

Amanhã já é Outubro!

E Outubro é sempre um mês bom!

Estou um pouco mais empolgado com o blog e vou resenhar os discos do pós-punk brasileiro (Fairy Tales do Harry, O Adeus de Fellini do Fellini e o disco auto-entitulado do Akira S & as Garotas que Erraram) nos próximos posts, espero. Esses discos são muito bons e acredito serem de um valor artistico enorme, só que muito mal reconhecidos pelo público. Assim como este blog. =D

Vou atualizar com mais frequência, prometo!

E LEIAM o post abaixo. Me ouçam, porra!

[ao som de: Fellini - Bolero 2 (minha música favorita do disco)]

Axis Reverb - Cara de pau é pouco!

Axis Reverb, a banda de um homem só de pós-punk do Brasil-sil-sil!

Pra comemorar um ano de blog (pera, mas já foi!) vou me auto resenhar!

Para quem não sabe, Axis Reverb se consiste em:
Eu, Kurt - Guitarra, Voz, Baixo e em algumas música, Teclado.
Fruit Loops - Bateria, Teclados, Sons legais.
Guitar Pro - composição (as vezes) e no Fake EP é Bateria e sintetizadores.

A idéia da banda surgiu quando, após fazer parte de bandas famosas entre meus amigos de escola, eu decidi que sabia compor e queria fazer isso sozinho, pelo menos até achar gente. Assim surgiu o Interzone. E eu ia compor em português também! E isso foi em 2005. O tempo passou, fui absorvendo mais música. Chegou 2006 e eu com composições prontas, quase formei uma banda. Ela se chamaria Gestapo. Mas não deu certo e fiquei com as composições... já que elas sempre foram minhas né.


Então o ponto crucial: comecei a gravar. Já havia gravado algumas coisas antes, mas não eram tão boas assim. Consegui um teclado com meu amigo Caio e então comecei as gravações do primeiro disco do Axis Reverb: RAINY CITIES & OTHER TALES, nome esse inspirado nos contos de Oscar Wilde ("Happy Prince and Other Tales") e em São Paulo e Manchester. Tem músicas sobre cidade, músicas sobre minotauros e gansos, garota leonina, fim do mundo, música com reverberação a la MMM (rá) e músicas que sobraram do meu projeto perdido do Laranja Mecânica (longa história). Sem contar a cover de uma música de um dos meus discos favoritos, Funtime do Iggy Pop.

Eu desenhei as capas sozinho, na medida de uma capinha de cd. Essa capa ai do lado já foi, existem ainda mais duas, uma já reservada. Além da garota, tem a capa do Minotauro e a do Rádio (cada uma pra uma música do disco).
A gravação do Rainy Cities foi bem simples: em metade do disco improvisei a bateria, gravei baixo e guitarra e voz.
A outra metade foi diferente... as duas sobre laranja mecânica foram gravadas com o som do PC ligado enquanto eu cantava e tocava por cima. Já Troy e Rome eu gravei numa época meio Nirvana, com um violão com três cordas afinadas de uma maneira que eu talvez nunca mais reproduza na minha vida. Diamond é só baixo e reverb. Finalmente, Story of an End eu gravei ao vivo no meu quarto, dá pra perceber os erros, a letra improvisada e etc...

Isso foi entre Junho, Julho e Agosto de 2006. Esse era só o começo.


Logo em seguida comecei a compor o FAKE EP, em cima da minha ideologia dos fakes, que hoje não me recordo mais. Impressionante, mas tudo bem. Pois bem, eu tinha algumas letras escritas no meu caderno para esse EP, mas a única que vingou foi Sorry For the Pain in Your Heart. A partir disso escrevi as minhas letras favoritas (Downtown Cemetery e Ice Age Coming), compus no Guitar Pro e gravei.

As datas dos meus mp3 são de 20/07/06 até o dia 03/08/06, e pelo que me lembro foi fácil assim mesmo. Era só gravar voz, e a única que me deu mais trabalho foi a Procession por ter que gravar duas guitarras e a Happy Ending, por todo o processo de música concreta hehehe.

Mas honestamente, baseando-me numa frase de Zaratustra, eu escrevi uma das letras mais legais da minha vida de compositor:

"No species in a mile
Could throw at you a smile
And you hear those songs again
Disabling your mightiest frame
Scratched feathers of fallen angels
Who dances like psychotic maniacs
At the party who's going on downstairs
The Death Dirty Disco is unaware"


Após o Fake eu decidi pegar algumas músicas antigas e jogar num disco novo, o famoso SINGLE! A primeira música, e que eu sei que começou este disco, foi a Violently e foi na mesma época que eu peguei o Fruit Loops, que foi em agosto, setembro. Compus Violently e Salmon Nights, mas o disco ainda não era uma idéia. Foi em Outubro que eu compus duas músicas das quais são as mais importantes pra esse disco: Hey (I'm Just a Boy Near You) e a faixa-titulo. Então ai se inicia o disco!

Single é uma piada. Single pode ser traduzido como único ou solteiro. Na época eu era os dois. Comecei a trabalhar no disco em Novembro mesmo e em Dezembro um desastre: meu pc queimou a placa mãe, pela segunda vez. Só que desta vez tive sorte e não perdi o HD (da primeira vez que ele queimou eu perdi músicas e projetos muito legais, como o do "Ode aos niilistas e autodestruidores" e o projeto pro Laranja Mecânica. E outras coisas mais, pra sempre perdidas...).


Ai minha memória me falha, mas então assim que o meu pc voltou, eu terminei de mixar o Single. E de novo uma falha no pc e novamente fiquei sem pc. E essa fase é muito obscura, não lembro de nada! Só sei que pensei nas músicas do Zodiac e isso eu tenho certeza que foi entre meio de janeiro e começo de fevereiro. Criei músicas pra cada garota do Zodíaco (aries, touro, peixes) e então conquistei uma certa garota por uma dessas músicas.

Terminei o disco em Fevereiro mesmo. Nesse disco está a música feita pra dançar: Song to the Cancer Girl, e com o clipe mais legal (e não fui eu quem disse isso) do Axis Reverb. Posso afirmar que quase todas as faixas foram escritas pra garota do signo correspondente, mas eu não conheço uma garota de cada signo então... mas a idéia foi legal, vão dizer que não?


Continuando a saga do herói, finalmente em março, após um mês de namoro, decidi fazer um disco pra minha namorada. Sim, nem todo mundo faz isso, eu sei. É ela na capa, sabiam?
Com vocês, JUMPING WITHOUT PARACHUTES.

Foi gravado num estilo mais folk, voz e violão (e era esse meu intuito, lembram-se desse post? Pois é. Praticamente todos os 5 items foram cumpridos! Isso é ótimo! Só faltou escrever mais aqui, mas ainda faltam 3 meses pro ano acabar!

Voltando, o disco é mais intimista, com músicas que até sua mãe ouviria, eu acho. É um disco menos ruidoso, tirando Non Sense Made I Write This, mas ainda assim é um disco de fácil aceitação. As letras ora são abstratas e surrealistas mesmo, ou dizem o que eu sinto pela Débora. Todo mundo gosta desse disco hahahaha! Ou deveria gostar, apesar de não ser particularmente o meu favorito musicalmente (esse é o Single, mas pode mudar).

O nome do disco foi baseado no email da minha namorada e numa frase que ela disse pra mim uma vez sobre pular sem paraquedas. Foi gravado em um dia, que eu me lembre. Se não no máximo em dois, três. Não passou disso, e não é lenda.


Logo após o Jumping Without Parachutes, eu tive uma das boas idéias que eu sempre tenho! Planejei um disco pra homenagear os videogames e o cyberpunk. O nome, retirado de um conto paralelo do mangá Akira (amo o filme, amo o mangá), é pra representar o futuro mesmo, como na história da onde eu o retirei: Drogas, Bomba Atômica e Morte. Não sei se consegui captar muito bem a idéia, mas as músicas são boas, isso eu garanto. Todas tem um som bem peculiar e nostálgico de videogame. "CANDY FLOWER NAPALM" é o seu nome e acredito ser um dos discos mais legais.

As músicas "JUNKER" e "Run from the Snatcher" foram inspiradas em um dos meus jogos favoritos chamado "SNATCHER", do Hideo Kojima. Uma história meio Blade Runner, só que mil vezes melhor. Pelo menos o personagem principal de Snatcher (Gillian Seed) não é tão boiola quanto o personagem do Harrison Ford (Rick Deckard). Um enredo maravilhoso que eu não pude traduzir pras músicas...
Já "Battlehedgehogs" é uma mistura de dois jogos que eu era fissurado na minha infância: "Battletoads" e "Sonic" (até hoje eu amo Sonic! Mas as versões novas são uma porcaria, eu acho). E finalmente temos a faixa-título, uma odisséia de 9 minutos que deveriam ser transformados em 18 (just like Sister Ray said) e "Octopolis", que era pra ser uma história cyberpunk musicada (minha, que fique bem claro) mas não acredito que tenha dado muito certo.

Candy Flower Napalm foi gravado entre maio, junho e julho, acredito eu... não consigo me lembrar.


E então, após a empreitada "psicodélica eletrônica gamistica", eu decidi voltar às raizes, bateria / baixo / guitarra. Consegui uma bateria eletrônica, a consertei e por causa dela o sétimo disco se chama "DRUM MACHINE LIGHT CIRCUS". Drum Machine é Bateria Eletrônica em inglês e o light circus eu tirei de um nome muito legal de uma pseudo música dos Beatles ("The Carnival of Light"). Carnival são aquelas feiras com roda gigante e barraquinhas que os americanos fazem, que geralmente tem um Circo, e daí eu tirei o Circus. Light Circus. Simples, né?

As gravações desse disco foram as que duraram mais tempo, pelo simples fato de eu ter criado as canções com base no ritmo da bateria eletrônica. Todas as músicas foram praticamente criadas minutos antes de serem gravadas e eu acredito não lembrar muito bem os acordes corretos e linhas de baixo. Mas eu consegui capturar muito bem o clima da bateria e eu acredito ser um dos discos mais grudentos do Axis, apesar de ser até curto (38 minutos de duração).

Gostaria de destacar algumas faixas: "Storm Waltz" foi uma tentativa de fazer a abertura de disco perfeita. Acho que consegui fazer a divisão do dia chuvoso e crianças correndo, o arco-íris ficando frio e ela comigo na valsa. Na minha opinião totalmente parcial, é um dos versos mais bonitos e profundos que eu já escrevi, talvez:

"Eyes sad like storm
Working in absolute silence
So the rainbow turned cold
But she's with me now on the waltz"


"11/9" não é alusão ao 11 de Setembro. Juro.
"Round" é a música mais interessante pra mim por eu ter pego a letra dela em um caderno antigo de composições. Mudei algumas coisas que estavam erradas e a letra encaixou perfeitamente na música.
"Where the Circus' Gone" é a minha faixa mais pós-punk de todos os tempos. Juro!
"Homesickness Moss" se chamou Red Rug por algum tempo e então eu consegui a letra mais surreal possivel, comigo escapando pelo bastão da polícia elétrica enquanto tambores explodem a porta da frente, sem contar no boneco do incrivel estranho elefante.
E "Northern Cat", "Eternity Rain" e "Begin of a Beautiful Friendship" falam sobre a minha namorada. Pode achar obsessão, mas todo artista tem sua musa inspiradora.


A mais recente empreitada na qual eu deveria estar trabalhando é o meu disco sobre guerra "A BRIEF WAR HISTORY", mas durante esse meu inferno astral (hey, deixa eu viver!) não consegui ter idéias, to num bloqueio artistico absurdo. Mas até novembro eu consigo terminar de gravá-lo e ainda não me decidi por EP ou LP (a diferença é que no EP são 6 músicas e no LP são 12, sempre!). Até agora estão gravadas 4 faixas: "Laika, I Shed a Tear for You (Flight 1907~3054)", "Nagazaki Bushido", "Green Flag" e "Forlorn Hope".

E após o término desse disco sobre guerra, eu quero compor músicas pra São Paulo, e não quero que seja um serviço porco como foram todos os outro 8 discos. Já tenho um nome, e algumas músicas não aproveitadas pro Brief War. Se tudo correr bem, como eu já disse, em novembro termino o Brief War e começo o 9 disco (que até agora se chama "BIG GHOST OF A GREY CITY").


Há também dois projetos paralelissimos do Axis, dos quais um só a minha namorada sabia:
(I'M THE) EGGMAN, que seriam músicas do Sonic com letras bestas, só por homenagem ao meu jogo favorito e AT THE MOVIES, um disco mais experimental com ritmos frenéticos e samplers de filmes que eu tenho aqui em casa. Mas talvez vocês nunca os vejam. O At the Movies tem 5 faixas e eu acho que as utilizarei pra propósitos maiores (pro disco sobre sampa city) e o Eggman será gravado um dia desses e não poderá ser nunca vendido...


Ah! Antes que vocês se perguntem, sim eu fiz tudo sozinho. Sem ajuda de ninguém. 7 discos e EPs, mais de 80 músicas, contando as faixas obscuras que só eu tenho (sem contar covers) e mais de 3 horas de som.
Sim, o esforço é grande, eu nunca fiz um show com o nome de Axis Reverb e eu talvez nunca ganhe nem reconhecimento de algum público com ele. Mas eu fiz minha parte pra fazer a música sobreviver. Quem sabe um dia alguém não me descobre assim, sem querer?

Se você não conhecia e agora quer ouvir:
MYSPACE - Myspace, no qual você pode ouvir 5 faixas!
LAST.FM - site onde dá pra baixar quase tudo do Axis (só não tem, ainda, o Without Parachutes, mas eu logo consertarei esse erro).

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

domingo, 16 de setembro de 2007

Eu odeio setembro

Eu to ensaiando pra escrever aqui faz algum tempo, mas como não há público pra esse blog ele vai continuar desatualizado até meu humor melhorar.

Recomendo uma boa dose de Birthday Party pra vocês.