terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mussum forévis

Eu, pra ser sincero, só me recordo dos Trapalhões quando já passavam as reprises, só com Dedé e Didi ainda vivos. Também lembro o quanto era engraçado.

Esses dias, um amigo meu me mostrou alguns vídeos no Youtube do Mussum. É ótimo ver esses vídeos! Com certeza eles fazem muita falta na TV hoje. Didi e Dedé nunca mais serão os mesmos sem Mussum e Zacarias, todo mundo sabe.

Gostaria mesmo é de rever os Trapalhões na TV. Como não posso, deixo alguns vídeos pra vocês!


"Traz duas ampolas de diuréticus!" - Mussum armando uma pindureta!


"DEUS É TISTIMUNHA!" - Mussum tomando Leite!


"ME VÊ UM MÉ E UMA SARXIXA!" "Salsicha não tem!" - Mussum e a Salsicha misteriosa!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Spore

Eu sempre gostei do jogo The Sims, aquele onde você perde muito tempo brincando de Deus, controlando pessoas e muitos afazeres do cotidiano.

Pois bem... A Maxis, empresa que produziu a série, agora lança um jogo totalmente revolucionário. Spore é um jogo aonde você É Deus. Você começa como uma espécie nova, naquela tal poça primordial aonde todos fomos criados e evolui durante as eras. Você cria seu personagem de acordo com o que você escolheu (herbívoro, carnívoro) e então vai adquirindo novos genes e etc. Conforme você evolue, mais opções são abertas.

De ameba você se torna um ser complexo e vai se tornando inteligente. Essa é uma das (várias) partes divertidas do jogo, aonde você controla a criaturinha que você criou e tem que ou fazer amizade ou destruir outros seres pra adquirir novos itens. Pois bem... Feito isso vem uma parte chata, que é a de tribal, na qual sua espécie é inteligente o suficiente pra se agrupar. Você tem que dominar o mundo, mas ainda existem espécies tão inteligentes como você.

Já civilizado você precisa conquistar o planeta. Sua raça está ainda segregada e cabe a você ou destruí-la ou fazer com que se aliem a você. Após a dominação, o planeta é seu e você está pronto pra parte mais divertida do jogo, que é a exploração universal!

O ponto alto do jogo é o seu editor, no qual você cria a espécie, seus veículos e sua nave espacial, cidades, roupas, etc. Já como espécie evoluída e viajante universal, você pode colonizar e modificar planetas, abduzir seres e coloca-los em outro planeta e muito mais.

Se não levarmos em conta que a parte tribal e de colonização é muito chata e repetitiva, o jogo poderia ser considerado excelente. É ótimo, dá pra perder muito tempo jogando-o e não deixa você ficar entediado, pois os comandos, apesar de um pouco confusos no começo, são facilmente assimilados após alguns minutos de jogo.

Eu recomendo. Tente e você não vai se arrepender!
Esse é o Spore e você será assimilado!

sábado, 13 de setembro de 2008

Watchmen

Não, nunca li Watchmen.

Os meus gibis favoritos são Maus e Sandman. Não conheço a história de Watchmen, mas o trailer me fez querer ver o filme. A maioria das adaptações deixam muito a desejar por conta de inúmeros fatores (como atores, roteiristas, se é um filme hollywoodiano, diretor, produtor...). Adaptações são difíceis. A mais fiel foi a do filme "300" (que por acaso é do mesmo diretor de Watchmen) mas ainda assim muitos criticaram. Não dá pra agradar a gregos e espartanos (piada ruim, eu sei). Homem-Aranha foi razoavelmente bem; X-Men, na minha opinião, foi um fracasso; Hulk sofreu com o seu primeiro filme e espero que a nova versão seja melhor (por conta do ótimo Edward Norton como o grandalhão verde).

E eu quase esqueci de "Sin City", outra ótima adaptação dos quadrinhos de Frank Miller, mas nesse caso a crítica é por ser idêntico aos quadrinhos. Depende só do que você gosta mais.

Assistam o trailer e aqueles que já tiverem lido os quadrinho me digam se está fiel ou se será apenas mais uma adaptação genérica de quadrinhos para o cinema.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Siamese Dream - The Smashing Pumpkins

Muitos consideram Melon Collin and the Infinite Sadness como o melhor disco dos Pumpkins e muitos deixam de lado esse belo trabalho. Por ser o segundo disco de Billy Corgan e cia, talvez a pressão fosse enorme pois todo mundo conhece a lenda da maldição do segundo disco.

Pois, como nós sabemos, eles se saíram muito bem. Foi com esse disco que os Pumpkins conseguiram sua fama, principalmente por conta da faixa "Today", que sem dúvida é uma das melhores faixas que eu já ouvi. Só Billy Corgan consegue fazer uma música tão boa e suja (não vamos comparar com Nirvana e todos do Grunge, nesse caso é diferente). Vamos levar em conta que o produtor desse disco é "só" Butch Vig, que também produziu o primeiro da banda (o álbum chamado "Gish").

Além de Today, o disco conta com outras ótimas faixas, como Cherub Rock, que abre o disco em grande estilo; Hummer, que ainda contém a influência "psicodélica budista" do primeiro disco; Geek U.S.A, uma prévia do que os pumpkins ainda iam fazer; Silverfuck, um épico de 8 minutos no hard rock psicodélico da banda; e Disarm, a balada mais linda dos Pumpkins.

O clipe de Today é psicodélico, com todo aquele visual lisérgico e coloco aqui para vocês conferirem:

terça-feira, 9 de setembro de 2008

II (Pause) - Heartcode

Um dos discos mais legais que eu ouvi nos últimos meses.

A Pause é uma netlabel (ou gravadora virtual, sei lá como chamar) de chipmusic com a proposta de abranger aqueles artistas que não se enquadram no estilo pop de compor usando sons de videogames antigos. Esse disco é um resumo dos artistas da gravadora e sem dúvida uma obra prima. Ele é experimental, tem sons épicos e samplers ótimos.

O disco começa com a faixa The Menu For Today do Temp Sound Solutions, que é uma faixa com um lead ótimo e meio quebrado. No meio da música ela muda de tempo e de tom. A faixa é bem calma e relaxante.

Em seguida vem Alex Mauer com Ikea Shopper Credits, que é muito fácil reconhecer como sendo dele por conta do seu som distinto lembrando muito as melhores música da Sega.

Ensis, do Disasterpeace é uma das minhas músicas favorita de chipmusic. Ela tem uma bateria ótima, riffs muito bem construídos e melodias sensacionais. Todas as faixas desse disco são muito bem produzidas e mixadas, acredito que todos tem um conhecimento grande em teoria musical porque você nota a diferença na construção das melodias.

Stalactite, do Animal Style parece ter sido composta no Famitracker e a melodia principal é muito legal, sempre deslizando. Os arpeggios ao fundo ficam ótimos e as vezes um som de bongo aparece no meio da música. O mais legal é o baixo.

Tudo bem, estamos agora entrando na faixa Crystal Waves do Phlogiston e é realmente uma viagem. Sabe no jogo quando o pessoal no barco sai do porto e então aparece um cg bem legal? Essa é a música que deveria tocar. Se consegue até visualizar os pássaros e o céu azul.

Outra música do Alex Mauer, dessa vez chama Monstrox. E eu tenho certeza que foi escrita no Mod2PSG2. O canal de ruído é característico do Master System. Faixa ótima.

Shnabubula vem com Get Pumped, que apesar de começar fraca ela fica cada vez melhor. A bateria fica ótima e lembra muito alguma fase de luta de qualquer jogo, ou melhor, um CG de abertura de... digamos... Wild Arms? Dá pra dançar muito fácil com essa faixa.

Rubles From Heaven do Xoc me lembra muito hip-hop dos anos 80, não sei porque. Ah, é boa também, não sei como explicar essa música. Streets of Rage, talvez?

E então, quase no fim, você acha que não ficaria melhor. E então começa uma voz e depois um riff hipnótico de fazer abrir um bate-cabeça no meio da pista de dança. Four Lights do Norrin Radd, é a minha faixa favorita desse disco. É um chiptune progressivo. É absurdamente complexo, tem muitas mudanças de tom e de tempo, melodias que poderiam ter saído de um disco de prog rock sem dúvida. São 6 minutos de puro bate-cabeça. E a única coisa que eu critico nessa música é que o final poderia ser mais longo, aquela melodia no final me arrepia de tão boa. Aliás, os últimos dois minutos e meio são épicos.

E, pra fechar, Heart Pitches, outra do Temp Sound Solutions. Essa é muito bem construída. No começo você vai achar estranho porque a bateria é somente samplers de jogos de luta e efeitos de pancada. No final tem uma melodia ótima com um som tão legal. Lembra um theremin.

E aí você lê e fala: nossa, legal! Onde eu acho?

VOCÊ BAIXA ESSE DISCO AQUI E DE GRAÇA! Clique em Free Download, embaixo da capa.

Se não pôde ter contato com a chipmusic ainda, não há maneira melhor de descobrir do que essa, acredite. Não deixe de conferir os outros discos do catálogo da Pause porque vale muito a pena (comece com Alex Mauer, claro).

sábado, 6 de setembro de 2008

We need to funk!

Apesar da minha total falta de conhecimento em funk (não o carioca, por favor pessoal) não há como negar que essa música que me deparei no youtube seja maravilhosa. Eu sei que George Clinton, um dos mentores do Parliament-Funkadelic, é um cara do qual a música preciso conhecer. Provavelmente em algumas semanas eu apareça com um review de algum disco dele por aqui.

Pra ser sincero, eu só ouvi essa música do clipe aí embaixo. Mas me lembrou bastante a época Young Americans de David Bowie.

Enquanto não ouço mais pra poder ter uma opinião real sobre George Clinton e suas bandas, fique com o vídeo no youtube:


FUNK IT UP!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Funky beats


Hoje tirei um tempo pra ouvir algumas coisas que estavam na minha lista de espera.

Peguei o disco da Banda Black Rio chamado Maria Fumaça. Funk ótimo, apesar que muitos não vão gostar por as vezes conter um leve gosto de samba no fundo (mas isso não é problema algum, galera!). Tem ótimas levadas de baixo, tem uma mistura muito divertida de funk e soul com jazz e samba. Não se preocupem, rockers de plantão. Esse disco instrumental deve ser ouvido por vocês sem preocupação pois ninguém vai achar que você está ouvindo um sambão e assim ser caçoado por seus amigos.

Outro disco bom que ouvi hoje foi o Album do Mantronix, banda de electro dos anos 80. Batidas ótimas da minha bateria eletrônica favorita (a TR-808) e bons vocais. Já fazia algum tempo que eu tentava baixar esse disco e finalmente consegui. Eu sei que baixar coisas na internet é feio, mas como eu conseguiria ouvir esse disco? Duvido que tenha sido lançado no Brasil.

Enfim, essas são as dicas de hoje. Espero voltar amanhã com um review!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Titãs - Cabeça Dinossauro

E vocês se perguntam: poxa, mas titãs não é pós-punk, é rock fulero, bla bla bla?

E eu respondo cabeça dinossauro, espírito de porco!

O final do ano de 1985 foi conturbado para dois integrantes dos Titãs: Arnaldo Antunes e Toni Bellotto. Os dois foram presos por terem sido encontrados com heroína. Arnaldo foi considerado traficante e Bellotto como consumidor. Os dois foram liberados por serem réis primarios, mas Antunes ficou alguns dias preso. A banda não estava vendo muito, os dois discos anteriores (Televisão e Titãs) foram um relativo fracasso e a banda procurava por sua identidade no meio do turbilhão de bandas que apareciam no Brasil naqueles anos. Tudo isso foi transportado para o clima do álbum.

Então em 1986, no estúdio Nas Nuvens, famoso por ter sido palco de gravações de tantos outros bons disco, os Titãs dão o primeiro passo para a gravação do seu melhor disco.

Com ataques diretos e ferrenhos aos pilares institucionais de nosso país e letras incríveis, nas quais a maioria foi escrita por Arnaldo Antunes, se despontando como o letrista mais importante da banda. 8 das 13 faixas são assinadas por Arnaldo.

A capa já é um convite à fúria contida no disco. A obra é de Leonardo DaVinci e se chama "Expressão de um Homem Urrando". Na contra capa do vinil também está outra obra de DaVinci chamada "Cabeça Grotesca".

O disco já abre com uma música adaptada de um cerimonial dos índios do Xingu para afugentar os maus espíritos. A faixa título é totalmente tribal e o clipe é muito engraçado, gravado em 8mm de maneira independente. Dizem que a letra nasceu no ônibus, na qual alguém (não sei quem) começou com cabeça dinossauro, outro falou pança de mamute e terminou com espírito de porco.

Em seguida mais urros com AA UU, letra sobre rotina e loucura (Eu como, eu durmo, eu durmo, eu como / Está na hora de acordar, está na hora de deitar).

Igreja é um tapa na cara dessa instituição e acredito que Nando Reis não cante mais essa música atualmente. Ele vai cantando de tudo o que não gosta (Não gosto de padre / Não gosto de madre / Não gosto de Frei) e afirma, ao final, "não tenho religião".

Polícia é o retrato da indignação de Toni Bellotto. Com letras questionando a autoridade e a proteção que é dever da instituição, a faixa já foi regravada pelo Sepultura e muitas outras bandas punks de garagem por aí.

Estado Violência mostra o lado letrista de Charles Gavin, o que é muito legal. A letra é ótima, a música é ótima. "Estado violência, deixem-me em paz!"

A Face do Destruidor é uma pequena faixa constituída de um poema, acredito eu, concreto. É uma porrada na orelha que se iguala a sujeira do Ratos de Porão, na minha opinião. Pra quem diz que Titãs só toca música meia boca, essa música é a prova de que todos tocavam bem.

E falando em Porrada, essa faixa é pura brincadeira e ironia. "Porrada / Nos caras que não fazem nada". E essa música é tão boa só pelo fato das brincadeiras como "Parabéns para as meninas da torcida adversária" e "A todas as senhoras muita consideração".

Mas, depois de tanto levar pancada você fica cansado. Tô Cansado é um ode ao perdedor, àquele que desistiu das coisas porque elas nunca vão pra frente. É o ode àquelas pessoas que ficam indignadas depois de tanto apanharem de coisas tão bestas da vida. E a brincadeira com as palavras é sensacional, vide "Tô cansado de me cansar / Tô cansado de descansar".

Final do Lado A, começo do Lado B. Bichos Escrotos tinha a radiodifusão e execução pública proibidas pela censura, o que não impediu dessa música se tornar muito famosa apenas pelos belos versos "Oncinha pintada / zebrinha listrada / coelhinho peludo: / Vão se foder! / Porque aqui na face da Terra / só bicho escroto é o que vai ter!".

Família é uma das faixas que eu menos gosto de ouvir desse disco e mesmo assim ela é ótima. Apesar de não ter sido escrita por Nando Reis, ele traduz perfeitamente o clima da faixa, um reggae estranho. Atacando outro pilar institucional, Família narra estórias que poderiam acontecer no cotidiano.

Em seguida vem Homem Primata, outra faixa muito executada nas rádios e um dos hits absolutos dos Titãs. A primeira estrofe está dentro de todas as mentes no país: "Desde os primórdios / Até hoje em dia / O homem ainda faz / O que o macaco fazia". Nem preciso falar mais.

Dívidas talvez seja o ponto cego do disco. Não é uma faixa memorável (eu estou ouvindo o disco e só vou lembrar dela assim que chegar na faixa). A faixa é um reggae também, como Família, mas um pouco mais pobre de história. A letra retrata a época em que foi composta, aonde o dinheiro desvalorizava muito rapidamente (apesar de que esse disco vendeu bastante por conta de uma súbita valorização do cruzado, cruzeiro, não me lembro).

O Que é a faixa mais emblemática desse disco. Reza a lenda que a gravação dessa faixa durou 12 horas. A letra poética de Arnaldo é sensacional e é um trava língua certeiro. É a minha favorita do disco, isso porque usa bateria eletrônica, tem um baixo espetacular de Nando Reis e guitarras ótimas no maior estilo New Wave, além das eventuais percursões no meio da música.

Não tenho noção de quantas pessoas ainda não ouviram esse disco maravilhoso do rock brasileiro. Se você é uma dessas, apesar de você já ter ouvido algumas dessas músicas com certeza, vá e compre, baixe, tanto faz!

O que não é o que não pode ser que o não pode ser o que não é o que não pode ser que não é.

Clipe do Cabeça Dinossauro:

2 anos de blog

Apesar de ter sido no dia 26/06, vou comemorar agora.

Eu tinha me esquecido completamente do dia que eu comecei a trabalhar esse blog. Não é dos melhores, nem dos mais atualizados, mas pretendo deixar ele em forma.

Prometo que vou postar mais vezes por semana aqui.

Hoje mesmo volto mais tarde com uma resenha nova. Já volto!