sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pixelmusic

Sim, eu andei sumido daqui, mas tudo bem.

Vim aqui avisar que ando postando no site Pixelmusic e que vale a pena conferir.

Chiptunes, oh yeah!

Volto ainda aqui logo, não se preocupem.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Minusbaby - Saudade For Beginners


Finalmente. Há alguns meses atrás, quando eu conheci o trabalho do minusbaby, em seu site já dizia que ele lançaria esse disco em breve. E aqui ele está.

Minusbaby é o projeto de Richard Caraballo, um nova yorquino que ama o Brasil. Ele é sem dúvida um caldeirão de influencias: Krautrock, pós-punk, No-wave, MPB, bossa nova, shoegaze, samba... E por conta disso suas músicas são distintas da maioria dos chiptunes.

Com esse disco suas influências brasileiras são bem visiveis, tanto nos nomes como em tentativas de como seria um agogô e cuica versão 8 bits. As faixas foram compostas em São Paulo, quando Richard passou por aqui ano passado, e em Nova York. Os nomes são engraçados e ele me disse que quando toca ao vivo algumas músicas as pessoas não entendem o nome só porque não é inglês.

Comendo pão e passando mal, a abertura do disco, tem uma influência enorme da Tropicália e do samba.
El Camino de Tu casa a la mia casa é a segunda faixa do disco e é ótima por conta da parada que existe no meio da música.
São Roque (Bella/Boa) é uma das minhas músicas favoritas nos últimos tempos. Tem uma batida poderosa, a melodia fica na cabeça por dias...
Minha Caipirinha é Ótima (Very, Very) é mais lenta que o resto do disco, mas quem liga se a caipirinha é ótima?
E a favorita do público, Ela Chegou, é de uma beleza admirável. Quando ouvir tente imaginar um pandeiro e um cavaquinho numa roda num bar com algumas caipirinhas. Perfeito.

Nós brasileiros ainda temos um complexo de inferioridade, todos sabemos. Mas parece que a inovação por aqui se limita a pegar tudo, jogar no copo e bater. Minusbaby não faz isso não. Ele pega, amassa tudo, mistura com gelo e açucar e fica uma beleza.

Download aqui, no 8bitpeoples

E como ele diz: Balança isso que a sua mom te deu!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

GUIA BÁSICO DE CHIP MUSIC

Olá. Espero, com esse artigo, contar algumas verdades e inverdades sobre esse gênero que vem crescendo no mundo e em breve também será algo comum no Brasil: o Chiptunes (Chip music, 8bit, lowtec music, etc). Eu, sinceramente, prefiro o termo chip music por explicar exatamente como é o funcionamento de tal gênero musical, exceto pelo uso de plugins e VSTs para softwares de música digital, como o FLStudio (já que tais programas não criam informações para os chips de música de nenhum hardware).

O grande barato de fazer música com hardwares antigos é exatamente a limitação de tais. O Game Boy, por exemplo, conta apenas com quatro vozes. E por vozes eu digo canais que produzem som. No caso do Game Boy temos duas vozes de Pulso, uma de Ondas (Wave) e outra de Ruído Branco. Já o Commodore64 tem três vozes, mas não tem distinção entre elas, podendo programar qualquer tipo de ruído em todas as faixas (colocar ruído branco em algumas notas, pulso em outras, etc).
Lembrem-se que a limitação é a chave do negócio, pois coisas incríveis surgem dela.

Queria lembrar que faltei com links por aqui, mas tenho certeza que com pouca habilidade no google muitos programas são encontrados.

UM POUCO DE HISTÓRIA:

Lá nos anos 80, quando a maioria de vocês (inclusive eu) ainda era criança ou nem havia sido planejada, surgiam programadores de videogames que criavam os chamados demos, o qual eram basicamente um videoclipe para videogames/computadores. Como exemplo, sabe aqueles programas chamados cracks? Então, geralmente os que tocam uma música são influenciados por esses caras que faziam esse tipo de coisa a muitos e muitos anos atrás.
De demo criou-se a demoscene, que é basicamente uma cena nórdica, pois muitos programadores são daquela parte especifica da Europa.
Conforme os anos se passaram os videogames se tornaram obsoletos e as crianças foram crescendo. Nesse terreno fértil de memórias os mesmos programadores foram criando programas para fazer música chamados trackers, que é praticamente a única de se fazer música para videogames.
Algo que não devemos confundir é trilha sonora com chip music. Uma coisa é diferente da outra pois chip music não vem acompanhada de um jogo. Prosseguindo...
Desde o final dos anos 80 vem se fazendo música a partir dos videogames, então, como tudo no mundo, entre o final dos anos 90 e começo de 2000, com o surgimento do Nanoloop e Little Sound Dj, os dois programas básicos para se fazer música com o Game Boy, houve um crescente aumento de pessoas interessadas nesse tipo de música.
Mas, como nós já sabemos (ou deveríamos saber), com a criação do 8bitpeoples (uma das mais famosas netlabels de chip music, e sim, eu explicarei o que é netlabel mais pra frente) e artistas como Nullsleep (criador do 8bitpeoples), Bit Shifter e Sabrepulse, houve um boom da cena e se infestou de posers! Oh meu Deus!
Mas nada pra se preocupar. Vamos ao que interessa!

TA, MAS COMO EU FAÇO MÚSICA?

Antes de qualquer coisa quero salientar que, apesar de importante, o Game Boy não é a única maneira de se criar chip music. Nunca foi a principal exceto nos tempos atuais. Podemos usar também o Commodore 64, Ataris dos mais diversos, Amiga, Mega Drive, NES, Master System / Game Gear, até aquele 346 que sua mãe, vó ou mesmo tio pentelho tem empoeirado em algum canto da casa. Explicarei nessa retranca os meios de se criar música em diversos videogames de modo breve.

Existe o método fácil que é baixar plugins para programas como Ableton Live e FLStudio. Dependendo do seu nível de composição e criatividade esse fator não importa. Mas esse é o método mais fácil.
O método difícil é aprender a usar os infames tracker, os quais explicarei na próxima retranca. Existem trackers para muitos hardwares. Existe uma lista na wikipédia com alguns programas.

O mais difundido meio de criação de música hoje é o Game boy. Porque? Por ser um portátil barato e fácil de encontrar. Pelo menos na gringa, claro. No Brasil não é tão difícil, mas todos sabemos o quanto a Sega dominava o país com os produtos lançados pela TecToy e por isso a Nintendo não vendia tanto, exceto após o Nintendo64. E outro fator marcante é o fato de ter diversos programas nativos ao hardware, como os já citados Little Sound Dj (LSDJ) e o Nanoloop. Esses dois são, sem dúvida algum, os softwares de musica mais utilizados na chip music e os mais fáceis.
Mas calma! Para compor no Game Boy você precisa saber algumas coisas:
Você pode baixar a versão demo do LSDJ no site oficial deles e usar no emulador de escolha pra ver o que. Eu prefiro o BGB pois tem uma fidelidade razoável do som, mas como estamos na fase demo ainda o NO$GMB tem um som mais fiel. O Nanoloop também oferece o download da versão demo do seu programa no site oficial. Teste os dois, veja qual a dificuldade e etc.
IMPORTANTE: Por favor, por mais que nós brasileiros não gostemos de gastar dinheiro com softwares, não “roube” o LSDJ.
E porque eu digo somente LSDJ? Porque o Nanoloop não existe em formato rom. Ele salva somente quando em cartucho por inteligentes métodos de gravação. Enfim... Dedicarei outro capitulo somente para o gameboy.

Caso você ache Game Boy coisa de boiola, sugiro que você aprenda bastante sobre trackers, pois eles, como já dito, são a base para chip music.

COMO ASSIM TRACKER?

“Tracker (também chamado de Tracker music ou MOD-scene), é um termo genérico, atribuído a uma classe de softwares, que criam sons digitais através de um sistema organizado de notas, separadas por diversos canais de áudio.
A palavra "Tracker" pode definir tanto estes softwares, quanto os seus canais de áudio, e ainda pode ser a definição do estilo musical, por vezes bastante característico, feito por estes programas. Já "MOD" é um nome que é dado devido a um dos formatos de módulo utilizados pelos programas.
A interface dos primeiros programas trackers é primariamente numérica; as notas são concebidas através de teclas alfa-numéricas no teclado do computador, sendo que os parâmetros adicionais e os efeitos são adicionados por hexadecimais. Os programas mais avançados também permitem criações baseadas apenas em interfaces mais simples e aceitam a entrada de um teclado musical.”
- Wikipédia
Na prática significa um programa aonde você coloca notas musicas em faixar, geralmente na vertical, e cria “instrumentos” (que são as especificações para o hardware reproduzir o som) para que a música toque. Existem vários tracker para todos os tipos de hardware. LSDJ, por exemplo, é um tracker. Caso você tenha apenas seu computador, comece com trackers baseados no Windows, como o caso do Goattracker (feito para emular o som do Commodore64, ou C64), MOD2PSG2 (Master System), TFM Maker (Mega drive), Famitracker (NES), Milkytracker e Modplug Tracker (os dois baseados em samples).

Recomendo o MOD2PSG2 e o Famitracker.
DICA: Crie instrumentos no FamiTracker ou não irá ouvir nada!

GAME BOY É INSTRUMENTO TAMBÉM

Sim! Apesar de não explicar nesse artigo como fazer uma música no Game Boy, explicarei algumas coisas necessárias e importantes. De maneira alguma você deve levar isso como verdade absoluta, pois não é.
Existem vários programas nativos do Game Boy para a criação de música utilizando o chip do ‘tijolinho’. Como já apontado previamente, temos o Nanoloop e o LSDJ. Vamos às diferenças!

LITTLE SOUND DJ (LSDJ): É o mais famoso tracker atualmente. Ele é simples, poderoso, tem uma interface intuitiva, mas tem o ponto negativo de ser um tracker, o que pode assustar alguns iniciantes. O modo de instrumentos é simples, mas hexadecimal (vai de 0 a F). A vantagem é a grande variedade de sons que você pode fazer. É um pouco complicado de usar das primeiras vezes, mas em alguns meses já dá pra começar a brincar pra valer. E não diga que meses é muito tempo. Você não aprendeu a tocar violão bem em uma semana sozinho.

NANOLOOP: Possui uma interface totalmente gráfica, aonde tudo o que você vê são quadradinhos, bolinhas e outras imagens bonitinhas. Não tão poderoso (no que diz respeito a variedade de possibilidades) mas com o mesmo potencial musical. Como o nome diz, ele é focado em loops. Eu usei apenas a versão demo, mas é um programa interessante. Também é um pouco complicado no começo, pois não tem texto explicativo, mas também dá pra aprender em pouco tempo. É bom explicar que existem duas versões desse software. A 1.x é pro Game Boy clássico, a 2.x é pro GB Advance.

A diferença entre eles é apenas na visual. Depende do seu gosto pessoal. Há uma pequena rixa entre usuários de LSDJ e Nanoloopers, mas na verdade não há um programa melhor. Os dois são bons. Depende só de você.

Enfim... após conhecer os programas, brincar com as versões demos você escolhe um dos dois. Ou os dois, não sei. O problema para nos, brasileiros, é o alto custo de importação de tais produtos. O Nanoloop custa em média 58 euros mas não dá trabalho nenhum além de só criar músicas e gravar depois.

Já com o LSDJ a coisa é diferente...
Existem fitas prontas com o LSDJ, mas o modo atual consiste em primeiro comprar a licença no site oficial [www.littlesounddj.com] (custa só US$2,00! Não é muito e vale a pena). Depois você precisa comprar um cartucho regravavel. De uma empresa coreana você consegue comprar por US$25,00, mas tem que pedir por email. Existem outros lugares (lojas virtuais de pessoas do meio musical) que vendem a fita já gravada. Mas tem um problema imenso quanto a gravação dos *.sav. A bateria que permite a gravação pode acabar e você perde todas as suas músicas. Calma, calma! Não se assuste! Nas mesmas lojas você consegue comprar o famoso Transfer II por mais ou menos US$. Seu problema será só encontrar um computador com porta paralela de entrada (sabe aquela entrada no seu PC pra impressora antiga? Então...).
Mas eu, pessoalmente, prefiro esperar pelo lançamento do cartucho USB. Ele consiste nas mesmas duas partes do outro (um transferidor e a fita regravavel), mas sua vantagem será a entrada USB. Ou seja, vc conecta o cartucho no transferidor e funcionará como um pen drive, eliminando erros. (Talvez eu tenha entendido isso errado, mas acredito que seja assim o funcionamento).
Ou, caso você não tenha dinheiro ainda, faça como eu e use emulador. É tosco, eu sei, mas o que importa é a música.


CHIP MUSIC E O INGLÊS

Outra coisa muito importante é aprender a falar inglês. Eu sei que soa muito idiota, mas tem muito material em inglês que facilita bastante. Eu falo inglês, mas não conseguiria traduzir tudo para o português. Nem seria esse o objetivo. Há muita coisa rolando por aí e um local de bastante destaque é o 8bitcollective (não confundir com 8bitpeoples). O 8bc é um fórum destinado a, como o nome já diz, coisas 8-bit. Ele deixa você subir músicas para o servidor, mas CUIDADO! Só coloque coisas lá caso seja chip music. Vá no site, ouça as músicas, conheça artistas (recomendo o Random). A comunidade é aberta a todos, desde que de maneira respeitosa como tudo na vida.
E por favor, esqueçam o Sabrepulse. Ele nem é tão bom assim.

Espero que essa introdução tenha sido satisfatória pra vocês, novatos. O próximo passo é a criação de um tutorial em português para o LSDJ. Aguradem!

sábado, 11 de outubro de 2008

100ª postagem!

Desculpem a falta de atualização no blog. Estive ocupado esses dias!

Enfim, hoje, dia 11 de Outubro, é meu aniversário.

:)

Ainda estou com falta de tempo, mas atualizarei com uma resenha assim que tiver tempo de escrever!

E vou contar também sobre netlabels!

Abraços pra todos e volto logo!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Mussum forévis

Eu, pra ser sincero, só me recordo dos Trapalhões quando já passavam as reprises, só com Dedé e Didi ainda vivos. Também lembro o quanto era engraçado.

Esses dias, um amigo meu me mostrou alguns vídeos no Youtube do Mussum. É ótimo ver esses vídeos! Com certeza eles fazem muita falta na TV hoje. Didi e Dedé nunca mais serão os mesmos sem Mussum e Zacarias, todo mundo sabe.

Gostaria mesmo é de rever os Trapalhões na TV. Como não posso, deixo alguns vídeos pra vocês!


"Traz duas ampolas de diuréticus!" - Mussum armando uma pindureta!


"DEUS É TISTIMUNHA!" - Mussum tomando Leite!


"ME VÊ UM MÉ E UMA SARXIXA!" "Salsicha não tem!" - Mussum e a Salsicha misteriosa!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Spore

Eu sempre gostei do jogo The Sims, aquele onde você perde muito tempo brincando de Deus, controlando pessoas e muitos afazeres do cotidiano.

Pois bem... A Maxis, empresa que produziu a série, agora lança um jogo totalmente revolucionário. Spore é um jogo aonde você É Deus. Você começa como uma espécie nova, naquela tal poça primordial aonde todos fomos criados e evolui durante as eras. Você cria seu personagem de acordo com o que você escolheu (herbívoro, carnívoro) e então vai adquirindo novos genes e etc. Conforme você evolue, mais opções são abertas.

De ameba você se torna um ser complexo e vai se tornando inteligente. Essa é uma das (várias) partes divertidas do jogo, aonde você controla a criaturinha que você criou e tem que ou fazer amizade ou destruir outros seres pra adquirir novos itens. Pois bem... Feito isso vem uma parte chata, que é a de tribal, na qual sua espécie é inteligente o suficiente pra se agrupar. Você tem que dominar o mundo, mas ainda existem espécies tão inteligentes como você.

Já civilizado você precisa conquistar o planeta. Sua raça está ainda segregada e cabe a você ou destruí-la ou fazer com que se aliem a você. Após a dominação, o planeta é seu e você está pronto pra parte mais divertida do jogo, que é a exploração universal!

O ponto alto do jogo é o seu editor, no qual você cria a espécie, seus veículos e sua nave espacial, cidades, roupas, etc. Já como espécie evoluída e viajante universal, você pode colonizar e modificar planetas, abduzir seres e coloca-los em outro planeta e muito mais.

Se não levarmos em conta que a parte tribal e de colonização é muito chata e repetitiva, o jogo poderia ser considerado excelente. É ótimo, dá pra perder muito tempo jogando-o e não deixa você ficar entediado, pois os comandos, apesar de um pouco confusos no começo, são facilmente assimilados após alguns minutos de jogo.

Eu recomendo. Tente e você não vai se arrepender!
Esse é o Spore e você será assimilado!

sábado, 13 de setembro de 2008

Watchmen

Não, nunca li Watchmen.

Os meus gibis favoritos são Maus e Sandman. Não conheço a história de Watchmen, mas o trailer me fez querer ver o filme. A maioria das adaptações deixam muito a desejar por conta de inúmeros fatores (como atores, roteiristas, se é um filme hollywoodiano, diretor, produtor...). Adaptações são difíceis. A mais fiel foi a do filme "300" (que por acaso é do mesmo diretor de Watchmen) mas ainda assim muitos criticaram. Não dá pra agradar a gregos e espartanos (piada ruim, eu sei). Homem-Aranha foi razoavelmente bem; X-Men, na minha opinião, foi um fracasso; Hulk sofreu com o seu primeiro filme e espero que a nova versão seja melhor (por conta do ótimo Edward Norton como o grandalhão verde).

E eu quase esqueci de "Sin City", outra ótima adaptação dos quadrinhos de Frank Miller, mas nesse caso a crítica é por ser idêntico aos quadrinhos. Depende só do que você gosta mais.

Assistam o trailer e aqueles que já tiverem lido os quadrinho me digam se está fiel ou se será apenas mais uma adaptação genérica de quadrinhos para o cinema.